Caso seja escalado durante a partida contra a Argélia, hoje às 13h30 (de Brasília), em Montpellier, na França, o são-paulino Miranda, 22 anos, entrará na seleta lista dos zagueiros paranaenses com a camisa da seleção brasileira no currículo.
Pinçado por Antônio Lopes diretamente da equipe júnior no começo de 2004, Miranda não demorou a conquistar espaço num ano especial para o Coritiba – ele foi titular na maioria dos jogos pela Copa Libertadores. Logo ganhou elogios de Lopes, que anteviu seu potencial e o considerou um candidato natural à seleção. Acabou negociado com o Sochaux (França), onde atuou ao lado do conterrâneo Ilan. Mas só depois de ser repatriado pelo São Paulo, onde exibiu seu estilo firme, regular e clássico, conquistou o técnico Dunga, que o chamou para o amistoso de hoje em substituição a Lúcio, contundido.
Festa em Paranavaí, terra natal do jogador e onde vive quase toda a família. A mãe Maria Miranda de Souza contou à Tribuna que alguns dos 9 irmãos do zagueiro já combinaram assistir à partida juntos e torcer para que ele entre em campo. Menos a própria dona Maria, avessa aos jogos de futebol – mesmo quando se trata de seleção. ?Sou crente, não gosto de jogo. Mas deixo na mão de Jesus. O importante é que ele está contente?, disse ela, que é viúva.
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A convocação pode colocar Miranda ao lado de outros zagueiros paranaenses que já vestiram a ?amarelinha? na seleção principal. Um deles é o londrinense Naldo, do Werder Bremen (Alemanha), que esteve no grupo campeão da Copa América e também deve ficar na reserva contra a Argélia.
Igualmente nascido em Londrina e revelado pelo Tubarão, o então flamenguista Marinho vestiu a amarelinha em 1983. O hoje técnico Adílson Batista, que começou no Atlético, recebeu a convocação em 1990, quando defendia o Cruzeiro, e Sorlei, cria do Coritiba, era jogador do Guarani ao ser lembrado alguns anos depois. Flávio ainda defendia o Coxa quando Vanderlei Luxemburgo o convocou para um amistoso contra a Rússia, em 1998, mas ele não chegou a entrar em campo.