Crise

Ex-dirigentes dizem que falta pulso para a diretoria paranista

O pior início de Campeonato Paranaense da história do Paraná Clube parece não ter fim. Em oito rodadas, o Tricolor conquistou apenas dois pontos e amarga a lanterna da edição atual do Estadual. Nos últimos anos, a torcida paranista não tem tido motivos para comemorar e a situação da equipe é cada vez mais crítica também fora dos gramados.

Para ex-dirigentes e ex-jogadores é consenso a falta de organização no Paraná Clube. “Eu vi essa situação precária há quatro anos, quando fui treinador. O clube não mantém a base e fica colocando a culpa em cima do técnico. Ninguém mais quer vir trabalhar porque sabem da desorganização que se encontra o Paraná”, afirma o principal artilheiro da história paranista, Saulo de Freitas, o Tigre da Vila.

A última vez que o Paraná Clube teve motivos para comemorar foi no início de 2007. Na época, o Tricolor disputava a final do Campeonato Paranaense e participava pela primeira vez da Libertadores. Último presidente que conquistou um título pelo Tricolor, José Carlos de Miranda, deixou a sua opinião a respeito da falta de comunicação que ocorre dentro do clube.

“É lamentável o que está acontecendo. O presidente tem que se impor mais. Não pode faltar comando neste momento. Eu teria demitido os dois”, disse o ex-dirigente, se referindo a confusão entre o técnico Roberto Cavalo e o vice-presidente de futebol, Paulo César Silva.

Assim como Saulo, que foi técnico do Paraná Clube na péssima fase de 2004, o ex-vice presidente de futebol, José Domingos, também estava naquela grande crise que rondava a Vila Capanema. Para ele, a parte social do clube tem sido um grande problema. “O patrimônio é um ônus para o clube. Desde o episódio com o Miranda, em que a sua saída foi precipitada, tudo começou a complicar”, afirmou.

Na mesma esteira, o Tigre da Vila considerou que o Paraná Clube estacionou. “O Paraná parou no tempo, muitos clubes não possuem mais social. Tem que acabar isso”, disse o maior ídolo da história paranista.