Washington – Os Estados Unidos pretendem sediar novamente uma Copa do Mundo, em 2018. Mas mostram-se disponíveis para o mundial de 2014, caso Brasil ou Colômbia não tenham condições de promover o evento. A nova ofensiva norte-americana ao mundo do soccer foi revelada pelo presidente da federação de futebol do país, Sunil Gulati, em entrevista ao jornal Washington Post.
?Obviamente a Fifa sabe que somos capazes (de sediar o mundial) e, se alguma coisa mudar, estaremos abertos a essa possibilidade?, afirmou Sunil Gulati, lembrando do sucesso na Copa de 1994, organizada pelos Estados Unidos.
A próxima Copa, em 2010, será na África do Sul. E, pelo rodízio de continentes, a de 2014 será na América – os sul-americanos não recebem a competição desde 1978, realizada na Argentina. São duas candidaturas, Brasil e Colômbia, para a eleição que deve acontecer em novembro deste ano.
Joseph Blatter, presidente da Fifa, mostra preocupação com as dificuldades que Brasil ou Colômbia terão para se adaptar às exigências do caderno de encargos de uma Copa do Mundo. São inúmeras especificações sobre infra-estrutura, passando por estádios, transporte, hotelaria e até segurança pública. Questões que tiraram o Mundial de 1986 da própria Colômbia – o México organizou o evento naquela oportunidade, diante das dificuldades dos colombianos.
Em dezembro passado Blatter deu um aviso. ?Se nenhum país cumprir as exigências, vamos procurar um candidato fora da região. Nesse caso, seria lógico buscar uma alternativa ao norte?, disse o presidente da Fifa. Assim, o Canadá – que receberá o mundial Sub-20, em julho – também corre por fora. Mas, agora, com o interesse norte-americano, a Copa de 2014 pode parar novamente nos Estados Unidos. Para a Copa de 2018, a disputa ainda está começando. Mas, além dos EUA, Austrália e Inglaterra já manifestaram interesse em receber o evento.