Equilíbrio marca Mundial de Vôlei

Começa neste sábado, com o confronto entre Argentina x Austrália, às 20 horas (horário de Brasília), em Buenos Aires, a 15ª edição do Campeonato Mundial Masculino de Vôlei. A competição terá a participação de 24 seleções, divididas em seis grupos, prometendo ser uma das mais equilibradas da história.

Pelo menos oito equipes têm possibilidades de chegar à final, entre elas o Brasil, que estréia neste domingo, no Grupo E, diante da Venezuela, em Córdoba.

Devido à crise argentina, os organizadores se desdobraram para realizar o torneio e atender às exigências da Federação Internacional de Vôlei.

Foram investidos cerca de US$ 6 milhões na construção do ginásio Orfeo, local dos jogos do Brasil na primeira fase, e em reformas nas outras cinco sedes da competição (Buenos Aires, San Juan, Santa Fé, Mar del Plata e Salta).

No grupo dos favoritos ao título aparecem, ao lado do Brasil, a Itália, atual tricampeã, Rússia e Iugoslávia, medalha de ouro na Olimpíada de Sídney no ano 2002 e última campeã européia.

As contusões sofridas por diversos jogadores, entre eles Maurício, Giba e Nalbert, prejudicaram a fase de preparação da seleção brasileira, no Rio.

O técnico Bernardinho reconhece que o time não está na sua melhor forma. ?Passamos três semanas treinando, mais para recuperar os jogadores que estavam contundidos. Agora é hora de esquecer os problemas e nos concentrarmos para fazer uma boa campanha no torneio.?

A estrela do treinador é um dos trunfos do Brasil. Há pouco mais de um ano no comando da equipe, Bernardinho conquistou a Liga Mundial de 2001 e chegou à final em todos principais torneios que participou.

O levantador Maurício é outra esperança da seleção brasileira. Aos 34 anos, o jogador disputa seu quarto Mundial, com o recorde de 500 partidas pela equipe. ?Este campeonato tem muitas seleções fortes. Os pequenos detalhes decidirão o campeão. Temos de melhorar nosso saque, pois na Liga Mundial tivemos muitos problemas nesse fundamento.?

O título mundial é inédito para o Brasil, que chegou à final do torneio apenas uma vez. Em 1982, quando a competição também foi realizada na Argentina, a Rússia, então União Soviética, venceu a decisão por 3 sets a 0.

Desde então, a seleção não subiu mais ao pódium, chegando três vezes em quarto lugar (1986, 1990 e 1998) e uma vez na quinta posição (1994).

A Argentina, motivada com o apoio da sua torcida, lidera o grupo das equipes que podem surpreender, ao lado das renovadas seleções dos Estados Unidos e de Cuba, além da República Checa, quarta colocada no campeonato europeu e dirigida pelo treinador argentino Julio Velasco, que marcou época à frente da seleção italiana, nas décadas de 80 e 90.

Na primeira fase da competição, as equipes se enfrentam dentro do próprio grupo, classificando-se para a segunda fase as duas melhores de cada chave, além das quatro melhores terceiras colocadas. A final será no dia 13 de outubro, em Buenos Aires.

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