Tricolor pé no chão

Em vez de inchar elenco, Paraná Clube opta por grupo menor

O Paraná Clube em sua versão 2015 estará mais enxuto e ‘barato’. Um processo necessário, na visão do presidente Rubens Bohlen. Mesmo assim, quando se fala em cortes, não significa que o Tricolor entrará no Paranaense fragilizado. “Queremos gastar menos, mas com mais critério”, explica o dirigente paranista. Nos planos do clube, a meta é chegar a um elenco com no máximo 32 atletas, com boa parte destes formados nas categorias de base.

“Vamos ter um grupo reduzido em relação ao ano passado. Mas, dentro da média do futebol brasileiro”, explica Bohlen. Entre as idas e vindas de atletas nas disputas do Paranaense e da Série B de 2014, o fluxo foi exagerado e acabou complicando ainda mais a já combalida situação financeira do Paraná. “Iremos trabalhar na faixa dos R$ 250 mil neste Estadual. É claro que pode haver uma pequena variação para mais ou para menos, dependendo das necessidades”, explica o presidente. “Nossa intenção é ter um fôlego maior para o Brasileiro”.

Quando se diz ‘fôlego’, trata-se de uma reserva econômica para três ou quatro contratações pontuais para que o Paraná não volte a conviver com os mesmos dramas do ano passado. Com salários atrasados, o clube sempre viu pairando sobre si o fantasma do rebaixamento. “Isso não pode se repetir. Por isso, mudamos muita coisa. Trouxemos o Marcelo Nardi para trabalhar ao lado do Marcus Vinícius e estamos enxugando o elenco. Isso, é claro, mantendo algumas peças exponenciais”, afirmou Bohlen, numa referência a Marcos, Ricardo Conceição e Lúcio Flávio. Completam a espinha dorsal Cleiton e Rubinho.

Esse processo, é claro, reduziu significativamente a participação da Amaral Sports na formatação do elenco. Isso, porém, não significa num abalo da parceria. “Muito pelo contrário. O Marcos Amaral segue nos ajudando. É claro que neste momento, até realocando seus jogadores em outros clubes, diante das nossas necessidades”. Uma diretriz que resultou nas liberações – por empréstimo – de Roniery e Giancarlo (que irão defender o Botafogo de Ribeirão Preto) e na rescisão do contrato de Édson Sitta, já anunciado como reforço do Santa Cruz, onde seguirá trabalhando com o técnico Ricardinho.

“Entendi a necessidade do Paraná. Não adianta trazer vinte jogadores se não pode pagar cinco”, destacou o empresário. Além de Roniery e Giancarlo, Amaral já levou Anderson Rosa para o Icasa e Bismarck para o Botafogo da Paraíba. “Também ajudei em algumas rescisões, pois acho fundamental não deixar sequelas. Os jogadores que saíram, acertaram tudo. Isso não resultará em futuras ações, diferente do que ocorreu em outras oportunidades”, lembrou Amaral.

A partir dessa nova política econômica, o Paraná buscará mais com menos, apostando na experiência de ídolos como Marcos, Conceição e Lúcio Flávio e na sua vocação de clube revelador. Nas contas de Bohlen, 50% do elenco atual será formado por atletas da base, considerando remanescentes do ano passado – como Marcos Serrato e Leandro Vilela – e alguns jogadores ‘pinçados’ do elenco que disputou a Copa São Paulo de Juniores. “É um trabalho de transição, visando retorno lá na frente”, concluiu o dirigente paranista.

Adriano

 Um dos reforços do Paraná para esta temporada quer mostrar que enfim será útil para um time da capital. O lateral Adriano busca afirmação na Vila Capanema, o que não alcançou em Atlético e Coritiba. Revelado pelo J. Malucelli, o jogador de 27 anos deixou poucas saudades nas torcidas da dupla Atletiba. A passagem em 2009 pelo Coritiba foi discreta. Sem convencer, no mesmo ano se transferiu para o Rio Ave-POR. Após vo,ltar ao Brasil, defendeu o Atlético-GO e o Furacão. Logo em sua segunda partida pelo Rubro-Negro, foi substituído ainda aos 8 minutos da primeira etapa e acabou afastado do time principal. “Agora, pretendo fazer do Paraná minha casa. Só tenho a agradecer por esta oportunidade”, destacou o jogador.

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