Em prévia da final da Copa do Brasil, Santos e Palmeiras duelam pelo Brasileirão

Santos e Palmeiras se enfrentam na final da Copa do Brasil só no dia 25 de novembro, mas fazem neste domingo, na Vila Belmiro, às 17 horas, uma outra decisão, esta pelo Campeonato Brasileiro. A equilibrada disputa por uma vaga no G4 – a zona de classificação à Copa Libertadores – faz com que o clássico pela 33.ª rodada ganhe uma importância muito grande.

A diferença entre as equipes é de apenas dois pontos. O Santos iniciou a rodada na quarta colocação, com 50, enquanto que o Palmeiras era o 8.º, com 48. Uma derrota seria muito mais sentida pelo time alviverde, que veria o rival abrir cinco pontos de vantagem, sem contar os outros times que estão à frente, como Internacional, São Paulo e Sport.

Embora estejam na disputa da Copa do Brasil, que dá ao campeão uma vaga na Libertadores, as duas equipes adotam o discurso de que não podem abandonar o Brasileirão, afinal de contas só o vencedor do torneio eliminatório se garante na competição internacional. “Temos que esquecer a Copa do Brasil. Estamos satisfeitos com a possibilidade de disputar um título, mas temos que retomar o Brasileiro com tudo”, disse o técnico palmeirense Marcelo Oliveira.

O treinador santista Dorival Júnior reafirmou que vai continuar atuando nas duas frentes. “Deixando de pontuar em uma rodada, saímos do grupos dos quatro. Seria confortável se conseguíssemos um distanciamento, mas isso não vai acontecer num Campeonato Brasileiro como o nosso”, afirmou.

Outro discurso repetido dos dois lados é que a partida deste domingo não terá relevância alguma na Copa do Brasil. Entretanto, o fato de já terem disputado o título do Campeonato Paulista faz com que o confronto ganhe um tom de “revanche” para o lado alviverde. “O equilíbrio é grande. A classificação mostra a igualdade que tem entre as duas equipes”, avaliou Dorival Júnior.

MELHORES – Em relação aos times, Marcelo Oliveira não quis antecipar quem será titular, mas na sexta-feira afirmou que pretendia levar a campo o que tinha de melhor. O veto a algum atleta dependeria apenas dos exames realizados esporadicamente neles para saber se correm risco de sofrer alguma lesão.

Um dos poucos nomes certos em campo é o de Lucas Barrios. Autor de dois gols diante do Fluminense, na última quarta-feira, ele espera brilhar também em clássicos. “A ideia é deixá-lo no time para ele ganhar entrosamento”, explicou Marcelo Oliveira. Cleiton Xavier, recuperado de dores musculares, pode aparecer no banco de reservas, após dois meses de ausência. O volante Thiago Santos, desfalque na quarta-feira, deve reaparecer no lugar de Amaral.

O Santos deve utilizar a mesma formação que eliminou o São Paulo na Copa do Brasil. A única dúvida é a permanência de Marquinhos Gabriel. O treinador quer incentivar a ideia de que não existem titulares absolutos e usou o conceito de “multiespecialista”.

“O Geuvânio saiu do time por lesão, não por questões técnicas. Agora ele está voltando para brigar. Estamos saindo da era do especialista da posição. Agora é multiespecialista, senão acaba sucumbindo. Ele tem que saber jogar por um setor e vai ter que ir a outro, porque a marcação estará forte. Isso é o que o Santos procura fazer, com jogadores versáteis”, conceituou o santista.

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