O técnico Luiz Felipe Scolari divulgou nota oficial, por meio de sua assessoria de imprensa, na tarde desta quinta-feira, para negar a acusação de agressão feita por um fotógrafo, que teria ocorrido no intervalo do confronto entre Botafogo e Palmeiras, na noite da última quarta, no Engenhão, pela 20.ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Suspenso por dois jogos por causa de sua expulsão na partida contra o Atlético-MG, o treinador acabou se envolvendo em um conflito com o fotógrafo Fernando Soutello, da agência Agif, que irritou o comandante ao fotografá-lo quando ele deixava um dos elevadores do Engenhão. Felipão foi acusado de ter dado um tapa na câmera fotográfica do profissional, que registrou o momento em que o treinador tentou tirar a câmera de seu foco e prometeu prestar queixa formal de agressão na delegacia.
Nesta quinta, porém, Felipão acusou o fotógrafo de tentar impedir o fechamento do elevador em que estava e de colocar a câmera entre as portas do mesmo, o que fez o treinador reagir. “Neste momento, o técnico Luiz Felipe Scolari pôs a mão na frente da lente para que o fotógrafo parasse de tirar as fotos”, disse um item do comunicado oficial, que não traz declarações de Felipão e fala dele na terceira pessoa no singular.
“Em nenhum momento, o técnico Luiz Felipe Scolari bateu, empurrou ou pôs a mão na câmera fotográfica de Fernando Soutello. Em nenhum momento, o técnico Luiz Felipe Scolari pôs a mão no próprio fotógrafo. Ao sair do vestiário designado ao Palmeiras, e se dirigir ao elevador, o referido fotógrafo o seguiu tirando fotos durante todo o trajeto”, afirmou a nota oficial, que depois fala sobre a possível conduta inadequada do fotógrafo e sobre a reação que ela provocou em Felipão.
“Quando o técnico Luiz Felipe Scolari e o segurança que o acompanhava entraram no elevador, o referido fotógrafo pôs a mão na porta para impedir o fechamento da mesma e colocou a câmera entre as portas. Neste momento, o técnico Luiz Felipe Scolari pôs a mão na frente da lente para que o fotógrafo parasse de tirar as fotos. Não houve mais nada do que isso”, garantiu a nota.
Para completar, a nota aproveitou para esclarecer que a punição de dois jogos de suspensão imposta ao treinador “não impede a ida dele de ir ao vestiário ou falar com os atletas”. “O departamento jurídico do clube confirmou o que era permitido ou não ao técnico. Existe uma diferença entre punição por jogo ou por tempo determinado. Por isso, ele tinha o direito de ir ao vestiário antes da partida, durante o intervalo e ao término da partida”, finalizou o comunicado, em uma resposta às especulações que davam conta que o técnico poderia estar desrespeitando a decisão judicial.
Por causa da suspensão imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Felipão não pôde comandar o Palmeiras dentro do gramado na partida contra o Botafogo, que terminou com vitória por 3 a 1 para a equipe carioca. O técnico cumpriu a punição no clássico contra o Corinthians, no último domingo, em Presidente Prudente, e nesta última quarta. No domingo, contra o Cruzeiro, no Pacaembu, ele poderá dirigir o time dentro do campo.