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Em dia de protestos, São Paulo tenta reagir com mudanças contra o Red Bull Brasil

Eliminado da Copa Libertadores ainda na fase preliminar, derrotado pelo Corinthians, único dos grandes do Estado fora da zona de classificação para a próxima fase do Campeonato Paulista e que, com pouco mais de um mês de temporada, já mudou o comando técnico. Não faltam motivos para o torcedor são-paulino lamentar o início do ano. A esperança é que as coisas comecem a mudar neste domingo, diante do Red Bull Brasil, às 17 horas, no Morumbi, pelo Estadual.

Em campo, pressão sobre o time não vai faltar. Sem vencer há quatro partidas, a equipe comandada por Vagner Mancini será alvo de protestos antes de a bola rolar. Pior. Enfrenta o melhor clube do interior, pelo menos na classificação. O Red Bull iniciou a rodada com a segunda melhor campanha da disputa, atrás apenas do Santos.

A Torcida Independente, principal organizada do São Paulo, marcou, pelas redes sociais, um protesto que vai começar às 14 horas no portão principal do estádio, onde passarão os ônibus das duas equipes. A ideia é fazer uma “recepção fúnebre” à delegação, com fumaça preta, cruzes e velas.

Quanto ao time, o técnico interino Vagner Mancini deve apostar em uma formação um pouco mais jovem, com novas opções. Igor Vinícius deve ser mantido na equipe, embora Bruno Peres esteja recuperado de problemas físicos. O garoto Luan, que estava com a seleção brasileira sub-20, também deve começar jogando e Gonzalo Carneiro será a referência no ataque. O atacante Biro-Biro é outro jogador que pode ganhar uma chance como titular.

A baixa mais importante do time será Hernanes, por conta de uma tendinite na perna direita. Ele reclamou de dores e ficou de fora no treino de quarta, mas retomou as atividades na quinta e na sexta. Contudo, no sábado foi vetado da partida e nem entrou na lista de relacionados.

De novo, o atacante Diego Souza, candidato a deixar o clube e retornar ao Sport, ficará como opção no banco de reservas, ao lado de Nenê, outro que vem sendo mantido fora da equipe desde que André Jardine foi demitido e Cuca anunciado no seu lugar.

Já o Red Bull Brasil quer fazer mais uma vítima no Paulistão. O time já está com um pé na próxima fase e sonha com a vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. São quatro vitórias consecutivas, contra Botafogo, Ituano, Ferroviária, e Corinthians.

“Esta sequência é importante porque dá confiança aos jogadores. Mas temos que encarar este jogo como um novo desafio. A cada jogo é preciso matar um leão”, disse o técnico Antonio Carlos Zago, pedindo muita concentração de seu time.

Com uma semana para trabalhar, o treinador tem algumas dúvidas para escalar o Red Bull. O volante Uillian Correia, titular praticamente em todos os jogos até agora, volta de suspensão após a vitória contra o Botafogo. Ele abre um leque de opções no meio de campo, setor que mais sofreu com mudanças neste começo de ano.

Zago começou o Paulista com a trinca Jobson, Uillian Correia e Pio, além do meia Everton articulando as jogadas para dois atacantes: Osman e Ytalo, que mais tarde foi recuado para atuar na linha de criação. Aos poucos o setor ganhando concorrência. Bruno Tubarão jogou contra o Mirassol, na única derrota do ano. João Denoni entrou diante do Bragantino. Mais recentemente Barreto tem conquistado espaço e parece ter se firmado no time titular.

O Morumbi foi escolhido pela Federação Paulista para testar, neste domingo, a utilização do VAR durante os jogos. O teste ainda será offline, ou seja, não haverá comunicação dos árbitros de vídeo com os do campo. A novidade começará a ser aplicada, de fato, a partir da fase mata-mata. Seu uso será pago pela FPF, que vai se valer de até 19 câmeras no campo.

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