Clássico

Duelo entre Atlético e Paraná Clube promete ser ofensivo

O Paraná Clube tem hoje, às 16h, na Vila Capanema, um jogo-chave para o seu futuro no Estadual e na temporada 2011. Com uma campanha sofrível ao longo de toda a competição, o Tricolor tem apenas 450 minutos para mudar a sua sorte e ao menos poder planejar um Campeonato Brasileiro da Série B diferente. Vencer em casa é obrigação, nas palavras do técnico Ricardo Pinto. Só que da teoria à pratica, o Paraná também terá que romper um tabu de quase nove anos. Pior: do outro lado, o Atlético joga suas últimas cartas na tentativa de ainda tentar impedir o título do Coritiba.

São detalhes que podem tornar o duelo desta tarde um jogo bastante ofensivo. No papel, tanto Paraná quanto Atlético contam em suas equipes com quatro jogadores essencialmente ofensivos. Resta saber se dentro de campo, os dois times terão esse tipo de atitude, abdicando da marcação já que o empate seria ruim para ambos. Pelos lados da Vila Capanema, o técnico Ricardo Pinto garante que não. Promete um time coeso e mobilizado para impedir as principais ações do adversário. Do outro lado, Geninho também prega respeito ao Tricolor, independentemente da distância que separa os clubes na classificação.

Há um mês e meio, quando assumiu o comando do time, Ricardo Pinto sabia que a missão era complicadíssima. O Paraná não vencera um jogo sequer, nem no Paranaense nem na Copa do Brasil. Mesmo com uma guinada substancial, não conseguiu afastar o time da área do rebaixamento. Mantém, porém, a mesma matemática: faltam três vitórias. Para chegar lá, o treinador definiu como regra vencer todos os jogos em casa. “Aqui na Vila, mandamos nós”, virou lema. Só que para traduzir isso em realidade, Ricardo Pinto terá que romper um tabu que perdura desde 2002, quando da disputa do Supercampeonato Paranaense.

O Paraná, pode se dizer, é “freguês” do Atlético em se tratando de jogos no Durival Britto. Em toda a história, os clubes se enfrentaram nove vezes neste estádio, com uma vitória do Paraná, dois empates e seis triunfos do Rubro-Negro. E mais: na única vitória (4 x 1, em 2002), o Tricolor ainda viu o rival comemorar o título da competição, pois vencera o primeiro jogo por 6 x 1. Hoje, o momento é diferente. Não está em jogo nenhum título, mas sim o resgate moral de dois times que passaram estes primeiros meses de 2011 se arrastando, deixando paranistas e atleticanos preocupados com o futuro de ambos nas Séries B e A do Brasileirão, que começa no fim do mês.

Enquanto reforços não chegam, os clubes vão se virando com as roupas que têm. É com este figurino que Paraná e Atlético duelam pela 81.ª vez na história. De um lado, a experiência de Paulo Baier & Cia.; do outro; a juventude de Kelvin e dos meninos da Vila. Independentemente das metas, os dois times só tem uma opção na tarde de hoje: vencer ou vencer. E o perdedor, que se vire com a pressão.