Drubscky quer usar experiência para vencer

A vitória por 5 x 4 sobre o América-MG, sábado passado, marcou também dois meses do técnico Ricardo Drubscky no comando do Atlético. Neste período, o treinador vive sob pressão, sem saber o que será de seu futuro após um tropeço. Seu dilema é provar que é mais que um teórico. Autor do livro O Universo Tático do Futebol – Escola Brasileira, que já vendeu 3 mil cópias, Drubscky está tentando mostrar na prática que o que escreve faz a diferença em campo. Por ora, tem conseguido.

Colocado no cargo como interino, sem nunca ter sido oficializado – na primeira foram apenas dois jogos e depois passou a comandar o time Sub-23 -, Ricardo Drubscky não tem deixado brecha para ser tirado do posto. Seus números à frente do Furacão é que o sustentam. Desde que assumiu o comando em agosto, fez o time evoluir 45%. Sob sua batuta, o elenco jogou 13 vezes, venceu 9, empatou duas e perdeu outras duas. Com esse retrospecto, conseguiu fazer o Atlético subir da 11.ª para a 5.ª posição, se candidatando novamente ao acesso, depois de um começo de Série B cambaleante.

O técnico não só fez o time saltar na classificação, como recuperou o poder ofensivo do Rubro-Negro. A pontaria teve uma melhora de 176%. Em 15 jogos, incluindo os dois que o próprio Drubscky comandou em sua chegada ao Furacão, o ataque tinha feito 17 gols. Após o treinador reassumir o time, foram mais 30 gols em 13 jogos – média de 2,3 gols por jogo e muito próxima da registrada em toda a Série B, que é de 2,7 gol por partida.

Ricardo Drubscky tem conseguido passar seus conceitos aos atacantes. Nesta Série B, o setor ofensivo marcou 24 dos 47 gols do time. Destes 24, 17 deles feitos na “era Drubscky”. Marcão e Marcelo, juntos, balançaram as redes 15 vezes neste período. Destaque para Marcelo, que de renegado em outras temporadas passou a artilheiro rubro-negro na Segundona, com 10 gols.