Dorival Júnior conhece o Cruzeiro como ninguém

O técnico Dorival Júnior montou a maior parte do atual Cruzeiro, deu chances a juniores que se firmaram, levou a equipe para a Copa Libertadores, mas não guarda mágoas do clube mineiro.

Dispensado em dezembro do ano passado, ele até transmitiu o cargo para Adílson Batista, que o sucedeu. Isso quer dizer que o treinador do Coritiba tem uma relação bastante amistosa com a Raposa, mas espera que isso fique apenas fora de campo. Para ele, o importante é o Alviverde evoluir porque mesmo conhecendo o adversário de domingo não terá muita vantagem nesse sentido.

?Eu acho que não. O que define os jogos é a participação dos atletas em campo e não porque você tem conhecimento um pouco maior dos jogadores que foram seus comandados?, aponta. Para ele, o Cruzeiro é uma equipe muito perigosa e precisa de todo o cuidado, apesar das armas mineiras conhecidas.

?Isso é muito relativo e o que eu vejo é que nós temos que nos preparar, porque vamos enfrentar uma grande equipe, muito bem formada e com um leque de opções dirigidas pelo Adílson (Batista). Hoje, é líder da competição e não é por acaso?, destaca o treinador do Coxa.

E o Cruzeiro de hoje tem um pouco do Cruzeiro do ano passado. E quem passou algumas dicas para Adílson foi o próprio Júnior. ?Isso aí é uma obrigação nossa, independente de eu ter uma amizade ou não com o Adílson.

Até porque eu estava saindo de um clube, ele estava chegando e tudo o que pude passar dentro das minhas observações, tudo aquilo que eu consegui colher ao longo de sete meses eu tentei fazer, como o Adílson faria para outros treinadores?, revelou. De acordo com ele, isso é uma questão de consciência profissional. ?Temos que ter esse respeito profissional mesmo que não fosse um amigo?, diz.

Isso quer dizer que não houve mágoa na saída? ?De maneira nenhuma. Ali eu só fiz amigos e sou muito agradecido pela oportunidade que me foi dada de poder trabalhar num grande clube como o Cruzeiro, que finalizou o nosso contrato e por um motivo ou outro acabamos não renovando?, analisou. Na visão dele, o trabalho foi muito bom e não há porque reclamar. ?Saí do Cruzeiro com a cabeça erguida como lá cheguei e muito contente e satisfeito com toda a recepção que tive?, finaliza Júnior.

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