Domínio havaiano na final do WCT de 2004

te51211204.jpg

Paulo Moura só caiu na semifinal
e encerrou a temporada em 19.º.

Os havaianos fizeram a festa pelo terceiro ano consecutivo no encerramento da temporada em Banzai Pipeline. Desta vez não foi por Andy Irons, mas pela decisão do Rip Curl Pro Pipeline Masters 100% formada por surfistas locais, com todos os finalistas comemorando alguma conquista nas ondas fantásticas de 2,5 metros de altura do domingo. O convidado da Equipe Rip Curl, Jamie O?Brien, 21 anos, foi o mestre dos tubos na grande final e faturou o prêmio máximo de US$ 30 mil.

O veterano Sunny Garcia, 34, terminou em segundo lugar e confirmou seu sexto título na Tríplice Coroa Havaiana. E o terceiro e quarto colocados, Kalani Robb e Bruce Irons, respectivamente, garantiram suas permanências na elite do surfe mundial. O pernambucano Paulo Moura representou muito bem o Brasil e só foi barrado nas semifinais, conquistando um brilhante quinto lugar nos tubos de Banzai Pipeline. Porém, seu conterrâneo, Bernardo Pigmeu, acabou ficando de fora da lista dos 15 que sobem pelo WQS e apenas seis brasileiros vão disputar o ASP World Championship Tour 2005.

Sua saída foi devido ao quarto lugar de Bruce Irons, que levou o havaiano para dividir o posto de melhor estreante da temporada com o carioca Raoni Monteiro na 23.ª colocação do ranking. Com isso, tirou Richard Lovett do grupo dos 27 que são mantidos na elite mundial pelo WCT e o australiano precisou usar a vaga garantida com a nona posição no WQS, derrubando o pernambucano Bernardo Pigmeu do último lugar que ocupava na lista dos 15 que sobem pela divisão de acesso.

"Brazucas" de 2005

Sendo assim, a única novidade do Brasil em 2005 será o paulistano Renan Rocha, que retorna ao WCT depois de dois anos de ausência. Peterson Rosa (PR), Paulo Moura (PE), Raoni Monteiro (RJ), Neco Padaratz (SC) e Marcelo Nunes (RN), garantiram suas permanências, mas Guilherme Herdy (RJ), Victor Ribas (RJ) e Armando Daltro (BA) não conseguiram confirmar suas vagas em nenhuma das duas listas classificatórias.

O número de apenas seis brasileiros é o menor desde a segunda edição do formato de duas divisões no Circuito Mundial implantado em 1992. O Brasil já chegou a ter onze representantes no WCT e em alguns anos até ultrapassou a quantidade de norte-americanos, ficando atrás somente da maior potência do esporte, a Austrália. E essa também é a primeira temporada que o Brasil não apresenta nenhuma cara nova.

Top 16

Pelo menos, o Brasil pode comemorar sua volta ao seleto grupo dos top-16 da ASP, o que não acontecia desde o sétimo lugar do paranaense Peterson Rosa em 2001. O próprio Peterson agora conseguiu atingir seu objetivo que era ficar entre os dez primeiros colocados e foi exatamente o décimo melhor surfista da temporada 2004. O pernambucano Paulo Moura também chegou perto e, com a quinta colocação na brilhante apresentação no último dia da competição, terminou com a mesma pontuação dos australianos Dean Morrison e Phillip MacDonald, que no desempate ficaram à sua frente na 17.ª e 18.ª posições, respectivamente, com Moura em 19.º lugar na classificação geral da temporada.

"Eu estou muito feliz com este ótimo resultado aqui nos tubos de Pipeline", disse Paulo Moura. "Esta é uma das minhas ondas favoritas no mundo e chegar numa semifinal aqui é muito difícil. Fiquei em quinto lugar num evento competindo com surfistas que são mestres aqui, como o Sunny (Garcia), o Kalani (Rob), o Kelly (Slater), o Bruce (Irons). Foi realmente um grande fim de ano para mim", comemorou Paulo Moura.

Voltar ao topo