Dirigente peruano acusado de envolvimento com corrupção na Fifa é preso em Lima

Após receber uma ordem de prisão internacional resultante de denúncia da Justiça dos Estados Unidos por envolvimento em esquema de corrupção dentro da Fifa, a polícia do Peru prendeu, na noite de sexta-feira, o ex-presidente da Federação Peruana de Futebol, Manuel Burga.

“Temos já a ordem de prisão internacional (de Burga), a unidade especializada neste momento está trabalhando”, disse o diretor da polícia Vicente Romero pouco antes da prisão. Burga garante que é inocente. “Eu me coloco à disposição da polícia, eu os estava esperando. Já havia sido informado que haveria uma ordem de prisão”, disse.

A Justiça dos Estados Unidos indiciou na última quinta-feira 16 pessoas e prendeu duas: o paraguaio Juan Ángel Napout, presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), e o hondurenho Alfredo Hawit, presidente da Concacaf (Confederação da América do Norte, Central e Caribe).

Praticamente todos os principais dirigentes do futebol sul-americano foram denunciados por “corrupção sistemática”. Alguns deles tiveram pedido de prisão. Segundo a Justiça dos Estados Unidos, esses dirigentes que comandaram a região por décadas teriam recebidos propinas em contratos da Copa Libertadores, Copa América, Eliminatórias para a Copa do Mundo, contratos comerciais e mesmo amistosos, no valor de US$ 200 milhões (R$ 750 milhões).

NOMES DE PESO – O indiciamento inclui nomes como Carlos Chavez (Federação da Bolívia), Luis Chiriboga (Equador), Eduardo Deluca (argentino, secretário-geral da Conmebol), Jose Luis Meiszner (argentino, ex-secretário da Conmebol) e Romer Osuna (auditor da Federação da Bolívia).

O agora licenciado presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, também foi alvo da Justiça dos Estados Unidos. Ele foi indiciado na última quinta-feira sob acusação de receber propina em contratos ligados a competições no Brasil e na América do Sul. Após o indiciamento ser anunciado, Del Nero pediu licença do cargo para se defender das acusações.

José Maria Marin, seu antecessor, está em prisão domiciliar em Nova York, nos Estados Unidos. E Ricardo Teixeira, outro ex-presidente da CBF, também foi indiciado.

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