Dirigente do atletismo queniano se afasta após denúncia de suborno

O chefe-executivo da Federação de Atletismo do Quênia, Isaac Mwangi, se licenciou temporariamente após duas atletas alegarem que ele pediu suborno para reduzir suas suspensões por doping. Mwangi pediu uma licença de 21 dias enquanto as acusações são investigadas.

O dirigente disse em uma carta ao presidente interino da entidade, Jackson Tuwei, que as acusações da corredora dos 400 metros Joy Sakari e da barreirista Francisca Koki Manunga foram “sem fundamento” e lhe causaram “angústia mental”.

Em entrevista à agência de notícias Associated Press (AP), Sakari e Manunga afirmaram que Mwangi pediu suborno de US$ 24 mil (R$ 96 mil) em uma reunião em 16 de outubro, mas que elas não tinham condições de conseguir dinheiro. As atletas testaram positivo para uma diurético proibido no Mundial de 2015, em Pequim. Elas estão cumprindo suspensão de quatro anos.

As atletas disseram que nunca entraram com uma queixa criminal contra Mwangi porque não tinham provas para apresentar da acusação de suborno e também temiam repercussões do caso.

Também em entrevista à AP, Mwangi rejeitou as acusações, dizendo que eram “apenas uma piada”, negando ter se encontrado com as atletas. Além disso, afirmou que a federação não poderia influenciar na determinação das penas.

Em sua carta ao presidente interino da federação Mwangi pediu para a comissão disciplinar da entidade investigar o caso. “Estou ansioso para ter meu nome limpo”, escreveu ele na carta, que a AP conseguiu uma cópia. “A minha esperança é que as investigações rápidas, justas e devem incluir as autoridades competentes”.

Na entrevista, as corredoras disseram que estão dispostas a prestar depoimento na comissão de ética da Associação Internacional das Federações de Atletismo, que investiga a suposta corrupção na federação do Quênia. As investigações já provocaram as suspensões do presidente da federação queniana, Isaiah Kiplagat, do vice-presidente, David Okeyo, e do ex-tesoureiro, Joseph Kinyua.

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