Deu tudo errado para o Coritiba em 2006

Se o ano começou mal para o Coritiba, o desfecho não poderia ser pior. Após uma turbulenta eleição presidencial em dezembro de 2005, que se somou à queda para a 2.ª divisão, o Alviverde perdeu seus momentos de paz e viveu uma temporada de inferno astral, que ainda vai se arrastar por 2007 a dentro. Chegou até a liderar a Série B e esboçar uma volta por cima, mas esbarrou nos próprios problemas e voltou a viver dias de indefinição. Politicamente abalado e mal em campo, restou aos torcedores mostrarem que o clube é grande com as maiores bilheterias no Estado.

Com o presidente Giovani Gionédis garantido no poder através de uma liminar na Justiça (a oposição desistiu da briga política), o Coxa foi às compras para tentar um só objetivo: voltar à Série A. Contratou quase um ônibus cheio de gente, colocou mais de 60 jogadores em campo e o resultado foi sempre bem abaixo do esperado. No Estadual, caiu diante da Adap nas semifinais, enquanto na Copa do Brasil, ficou na segunda fase diante do Náutico. Jogadores e treinadores foram mandados embora ao mesmo tempo que o discurso era de priorizar a Série B.

E o objetivo quase foi alcançado. Com Paulo Bonamigo no comando, o time mostrou um grande futebol, deu espetáculo, empolgou a torcida, mas não teve gás suficiente para superar os obstáculos do longo caminho. Com um excesso de lesões no chamado ?setembro negro?, passando pela dispensa de alguns ?baladeiros? até atraso de salários contribuíram para a derrocada coxa-branca. Por 3 pontos, o time não conseguiu a classificação para a elite, com o sonho sendo mantido até a penúltima rodada sem que o time mostrasse o mínimo de condição para conseguir vitórias simples.

Ao mesmo tempo que a equipe ia sucumbindo na competição ou até por isso mesmo, os bastidores esquentaram. Sem nunca ter sido popular com a torcida, Gionédis enfrentou a oposição de Evangelino da Costa Neves, que chamou o mandatário alviverde de incompetente e fraudador de assinaturas.

No final das contas, a mesa do Conselho Deliberativo convocou uma assembléia de sócios (suspensa por outra liminar) para que os associados discutam a situação do clube e definam a permanência do presidente.

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