Desta vez, foi o Paraná que perdeu no final

Até os 43 minutos do segundo tempo, o jogo entre São Caetano e Paraná Clube tinha um gosto de ‘quero mais’. Afinal, o Tricolor soube marcar os donos da casa, teve o controle tático em vários momentos da partida e conseguiu anular as principais peças do Azulão.

Mas uma falha da defesa foi fatal – Fernando Baiano marcou, o jogo acabou em 2×1 para o São Caetano e o Paraná ficou de novo na ‘porta’ da zona de rebaixamento, ocupando a vigésima colocação no Campeonato Brasileiro. O resultado complica, de novo, a vida paranista.

Faltou, acima de tudo, ousadia para buscar um resultado positivo. “Nós recuamos demais, deixamos os caras nos pressionar e acabamos perdendo a partida. Precisamos ter mais atenção nessas horas”, reclamou o goleiro Flávio. “Eles colocaram quatro atacantes e a gente tinha que se segurar”, comentou o volante Messias. Mas, mesmo assim, o Paraná tinha condições de vencer, e só não fez isso porque se segurou para tentar o empate – e perdeu.

E isso com um início terrível. Logo no primeiro minuto, Marcinho passou por um Émerson estático e se viu livre para fuzilar Flávio. O Tricolor teve que se reajustar, ainda mais porque tinha uma esquematização tática diferente, com Vicente sendo improvisado no meio-de-campo. Quando se acertou, o time tomou conta da partida, tocando a bola mas falhando principalmente no passe final. Galvão, para variar, jogava isolado.

Só que o ‘solitário’ atacante tricolor foi responsável pelo lance mais bonito da partida. Lançado por Marcel, Galvão teve calma e categoria para encobrir Luiz e marcar um golaço – que só refletia o que acontecia em campo. Era o Paraná que dominava a partida, sem deixar que o São Caetano conseguisse imprimir o estilo rápido que planejava. Tanto que os donos da casa se seguraram no final do primeiro tempo, sem o ímpeto prometido.

Aí entraram no jogo os técnicos. Péricles Chamusca começou a colocar atacantes e armadores, sacando zagueiros e volantes. Em contrapartida, Paulo Campos – em uma atitude prudente – preferiu conter o São Caetano ao tentar explorar os contra-ataques. Só que a prudência não serviu, e o Azulão passou a prensar o Paraná, chegando cada vez mais e deixando o Tricolor sem opção de jogo. Fernando Baiano e Fabrício Carvalho ganhavam chances, mas erravam em demasia.

Com abnegação, sorte e a qualidade de Flávio, que seguia salvando o time, o Paraná corria para um empate bom na tabela, mas que deixava o tal gosto de ‘quero mais’. Mas a sorte que ajudara contra o Grêmio foi madrasta no ABC. Na última jogada ofensiva do São Caetano, outra falha defensiva e Fernando Baiano não perdoou. E o Tricolor perdeu até o ponto que parecia pouco.

CAMPEONATO BRASILEIRO
SÚMULA
Local: Anacleto Campanella (São Caetano do Sul-SP)
Árbitro: Jamir Carlos Garcez (DF)
Assistentes: Marrubson Melo Freitas (DF) e Ênio Ferreira de Carvalho (DF)
Gols: Marcinho 1 e Galvão 26 do 1º; Fernando Baiano 43 do 2º
Cartões amarelos: Fabrício Carvalho, Lúcio Flávio, Fernando Baiano (SC); João Paulo, Etto (PR)

SÃO CAETANO 1X2 PARANÁ CLUBE

São Caetano
Luiz; Dininho, Marcos Aurélio (Éder) e Gustavo; Ceará, Marcelo Mattos, Mineiro, Marcinho e Triguinho (Lúcio Flávio); Euller (Fernando Baiano) e Fabrício Carvalho. Técnico: Péricles Chamusca

Paraná
Flávio; Etto, João Paulo, Émerson e Edinho (Canindé); Beto, Messias, Cristian, Vicente e Marcel (Goiano); Galvão (Sinval). Técnico: Paulo Campos

Voltar ao topo