‘Deixo o Santos pela porta da frente’, diz Claudinei

O técnico Claudinei Oliveira não escondeu nesta sexta-feira, em entrevista coletiva no CT Rei Pelé, que será triste deixar a rotina de técnico e funcionário do Santos, onde ele está há quase oito anos. O treinador dirigirá o time pela última vez neste domingo, no jogo contra o Goiás, no Serra Dourada, pela rodada final do Campeonato Brasileiro.

O comandante, porém, fez questão de ressaltar que é um “abençoado” por ter conseguido trabalhar por tanto tempo no Santos, no qual atuou no departamento de franquias do clube, nas categorias de base e depois foi promovido ao profissional.

“Não tem como não sentir (a saída), é uma rotina de quase oito anos para trabalhar no mesmo local. Mudar a rotina é difícil, um direcionamento da vida, não é pouca coisa. Ficamos tristes, mas é algo bom porque deixo pessoas que gosto. Não saio pela porta dos fundos, saio pela porta da frente, deixando muitos amigos, deixo também um pedacinho do meu coração”, ressaltou Claudinei, para depois admitir que os seus últimos dias têm sido de muita emoção.

“Em termos de últimos momentos, estamos aproveitando ao máximo, conversando com eles (jogadores), batendo papo, estou evitando muito o clima de despedida, abraços, adeus, mas é inevitável. Falei com o Marcos Assunção (que também está de saída do clube), um cara vitorioso na carreira, ele estava visivelmente emocionado. Fiquei sete anos e 10 meses no Santos, não é pouca coisa, mas a vida segue”, completou.

O comandante também voltou a enfatizar que encarou com naturalidade o desejo do Santos de buscar um novo treinador para a temporada de 2014. “Não vou me colocar como vítima, não, sou abençoado, começar em um time na grandeza do Santos. Futebol é assim, treinadores não ficam longos períodos no clube, salvo raras exceções. No meu caso não foi em cima de resultados, foi em cima de filosofia, de direção. Não me sinto vítima, mas um cara abençoado. Estava preparado para a oportunidade desde quando ela surgiu até 2006: avaliações, franquias, escritório, trabalho de campo, tudo eu fiz com amor e da melhor maneira que pude. Não me vejo como vítima, não, sou grato pela oportunidade”, resumiu.

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