Curitibano sofre em dia de domínio espanhol no WTCC

O curitibano Augusto Farfus, único brasileiro no Campeonato Mundial de Turismo da FIA (WTCC), teve um domingo para ser esquecido. Correndo em casa, ele foi desclassificado da prova que abriu a temporada, no Autódromo Internacional de Curitiba. Terceiro colocado na primeira corrida, Farfus foi desclassificado pelos comissários técnicos porque o suporte em V da fixação da proteção do motor de seu BMW 320si estava fora do regulamento (segundo o artigo 263 do apêndice J).

A punição deixou Farfus mais distante dos líderes Yvan Muller e Gabriele Tarquini, que dividiram as vitórias na capital paranaense e se igualaram na liderança com 14 pontos. O brasileiro passou a somar apenas os três do 6º lugar da segunda etapa e caiu da 6ª para a 7ª posição. A equipe ainda poderá recorrer.

Na pista, os carros da Seat não deram chance para os adversários. Pole na primeira corrida e beneficiado pelo jogo de equipe, Yvan Muller liderou a dobradinha espanhola. Ele comandou as dezesseis voltas da abertura da rodada dupla, sempre escoltado pelo sueco Rickard Rydell. Farfus terminou em terceiro e foi o melhor representante da BMW -posição que perdeu mais tarde.

A prova de fundo foi dominada por Gabriele Tarquini, sexto na primeira bateria e terceiro no grid revertido da segunda. O italiano, que completou 46 anos no domingo, não escondia a felicidade com a vitória. ?Estou muito velho. Nem lembro qual é a minha idade?, divertiu-se o ex-piloto de Fórmula 1, respondendo a uma pergunta na entrevista com os jornalistas depois do pódio. ?Foi o melhor presente que eu poderia me dar. Atrás de mim tinham muitos pilotos colocando pressão, mas os ajustes que fizemos no acerto para a segunda prova deram certo. Larguei bem, aproveitando a força do turbodiesel, e consegui tomar à ponta apesar de o asfalto não estar com a aderência ideal. Depois, procurei não cometer erros. Tanto que o Andy (Priaulx) não teve qualquer chance de ultrapassar?, observou.

Após as corridas, Farfus admitiu o melhor momento da Seat. ?Os carros da BMW são fantásticos, mas o motor turbodiesel do SEAT Leon está mais rápido. Na reta, eles levavam enorme vantagem sobre nós. Mesmo com a redução da pressão do turbo, continuou muito difícil. Nem dava para tentar pegar o vácuo. Acho que em ritmo de corrida, sem tráfego, talvez ainda sejamos mais velozes. Mas, contra a potência do turbo, não há nada que possamos fazer?, explicou o brasileiro. A próxima etapa -com a terceira e quarta corridas da temporada – do WTCC acontece em 6 de abril, em Puebla, no México.

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