Cuca mantém formação ofensiva para Campinas

O técnico Cuca ainda não antecipou a formação que será utilizada no domingo, em Campinas. Mas, pelo que foi desenvolvido no primeiro treino tático da semana, o Paraná Clube terá mais uma vez um perfil ofensivo no jogo contra o Guarani.

Sem contar com Fernandinho – poupado com dores na coxa esquerda – o treinador escalou Rodrigo Silva na posição. Um indício daquilo que ele pretende armar para o time de Pepe, pois Émerson, jogador com características defensivas, ficou mesmo no time suplente.

Titular no jogo frente ao Santos, Émerson ficou fora do clássico devido à expulsão na primeira rodada. O volante era uma opção real para mais um jogo fora de casa neste Brasileirão, até porque Cuca tem afirmado seguidamente que não gosta de ter somente 11 titulares. “Considero sempre uns 13 ou 14 jogadores titulares, pois eles têm presença quase certa nos jogos, ou começando, ou entrando no decorrer da partida”, diz. Como o Guarani não tem o mesmo “poder de fogo” do Santos, por exemplo, a tendência é que o Paraná mantenha a mesma dinâmica de jogo do clássico frente ao Atlético, com somente dois jogadores “pegadores” no meio-de-campo.

Sob essa diretriz, a opção por Rodrigo Silva, no treino de ontem, foi a mais coerente. Canhoto, ele tem facilidade para jogar em qualquer uma das posições pelo lado esquerdo, na defesa, no meio-de-campo ou no ataque. É o único dos sete jogadores contratados para este campeonato brasileiro que ainda não estreou. “Estou trabalhando forte e esperando uma chance”, disse Rodrigo, que nas duas primeiras rodadas ficou no banco de reservas. Pelo que informou o médico do Paraná, Júnio Chequim, Fernandinho será liberado para o jogo. “Ele sentiu um desconforto na parte posterior da coxa esquerda. Mas, o deixamos fora deste treino somente por precaução”, disse Chequim. Fernandinho se submeteu ontem à uma ecografia e deve estar presente no apronto de amanhã, quando Cuca faz os últimos ajustes na equipe. Antes do tático de ontem, o treinador executou um trabalho específico para os zagueiros e o lateral-esquerdo, baseado no estilo dos atacantes do Guarani.

De bem com a vida

Com dois gols e boas atuações, o meia Marquinhos recupera no Tricolor o futebol que o transformou em destaque no futebol catarinense, quando formado no Avaí. Foi cedo para a Europa (Bayer Leverkusen). No ano passado, voltou ao Brasil na tentativa de projetar sua carreira e foi um dos melhores jogadores do Paraná no estadual. A passagem pelo Flamengo acabou sendo um retrocesso para ele, que então preferiu voltar ao Tricolor. Ontem, Marquinhos conversou com o Paraná-Online.

Paraná-Online:

Surpreendeu o bom rendimento neste início?

Marquinhos:

Não. Estávamos trabalhando em busca do melhor e temos um grupo unido. Agora, vem a fase mais difícil, que é a manutenção das primeira colocações. Qualquer um pode chegar ao topo da tabela, mas se manter em primeiro que é o complicado. É preciso trabalhar muito para não deixar o ritmo nem o astral caírem.

Paraná-Online:

Qual a diferença entre o seu atual momento e quando jogou pelo Flamengo?

Marquinhos:

Total. Agora estou jogando e com o respaldo da comissão técnica. Isso dá alegria para trabalhar, o que eu não tive no Flamengo. Lá, não consegui afinidade com o treinador e em alguns momentos nem no banco fiquei. Estou retomando a minha melhor forma e sei que posso melhorar ainda mais.

Paraná-Online:

Qual a explicação para a fraca campanha no Paranaense?

Marquinhos:

Nosso time ficou muito nervoso com a seqüência de maus resultados. Isso gerou um descontrole que foi prejudicial à equipe, que estava em formação. Aprendemos a lição e estamos fazendo o máximo, agora, para que àqueles momentos jamais retornem.

Paraná-Online:

Os adversários começam a observar melhor o Paraná. Isso pode trazer dificuldades?

Marquinhos:

A marcação vai acontecer. Já estão nos vendo com outros olhos e isso só pode ser superado com mais treino. Temos que estar atentos para saber sair dessa marcação e fazer bons jogos, em busca de mais vitórias. Em Santos, fui muito marcado, mas principalmente no primeiro tempo, consegui encontrar espaços. (IC)

Clube em dia com impostos

A insistência garantiu na prática um retorno aproximado de R$ 1,8 milhão em relação à cota de televisão inicialmente destinada ao Paraná Clube. Valores ainda muito distantes do ideal, na avaliação do presidente Enio Ribeiro de Almeida. “Há um distanciamento muito grande entre aquilo que recebemos e as cotas, por exemplo, de Guarani, Goiás e Vitória”, lembrou. “Mas, já conseguimos pelo menos nos estruturar com estas novas cotas”.

Recebendo aproximadamente R$ 4,3 milhões – entre cota fixa mensal e auxílio para viagens e hospedagens – o Tricolor mantém atualizados, segundo informou Enio Ribeiro, em nota oficial, seus compromissos com impostos. “Estamos rigorosamente em dia com as obrigações com o INSS e o IR”, confirmou o dirigente. A nota destaca ainda que o Paraná Clube é, com certeza, um dos poucos clubes brasileiros que vivem esta condição em relação a INSS e IR. Ribeiro ressalta o trabalho desenvolvido pelo conselho administrativo do clube e o apoio do quadro social, apontado como “o grande alicerce do Paraná Clube”.

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