Depois que a temporada começou, diminuiu o tempo – e o espaço – para registros de memória. Usando essa nossa parada forçada, quero retomar essas lembranças de tempos pra lá de esquecidos no futebol paranaense. Vamos viajar pelos anos com dia e mês travados: a máquina do tempo sempre vai parar em um 23 de março. Simbora!

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23 de março de 1923 – A seletiva

A atração do futebol paranaense naquele 23 de março de 1923 era a partida que definiria a última vaga aberta no Campeonato Paranaense. Um ano antes da fundação do Athletico, o América mandaria seu jogo enfrentar o Universal no campo do Internacional – prova que já havia uma boa relação entre os clubes. Registro para a dupla Marrecão e Marrequinho no América.

Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

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1937 – Mercado da bola

Pensa que isso só acontece agora? Naqueles idos de 1937 também rolava negociação de jogadores. Mas em 23 de março o Coritiba teve que desistir da contratação de Gabardinho porque o atacante estava acertado com o Ferroviário. Elisio Gabardo fez história pelo mundo – foi o autor do primeiro gol do estádio Palestra Itália, em São Paulo, e foi o primeiro brasileiro a jogar no Milan.

Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

1945 – Rodada dupla

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Eu sou do tempo da rodada dupla – pra mim, a mais marcante a de 1º de maio de 1994, porque nunca vi um estádio cheio tão silencioso, por conta da morte de Ayrton Senna. Em 23 de março de 1945, as ‘duas pugnas atraentes’ seriam na Baixada, com Ferroviário e Juventus na preliminar e o clássico entre Água Verde e Coritiba no jogo de fundo.

Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

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1950 – Atletiba

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No dia 23 de março de 1950, o assunto era o Athletiba do domingo anterior. Um jogo que entrou para a história porque, na vitória rubro-negra por 3×2 pelo Torneio Triangular, Neno fez três gols. Ele é o único na história do clássico a ter marcado três vezes tanto pelo Coxa quanto pelo Furacão. Neno também foi artilheiro do Campeonato Paranaense pela dupla.

Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

1960 – Dizer o quê?

Há quem concorde até hoje com a manchete do Última Hora de 23 de março de 1960…

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1965 – Embrião

Faltavam ainda 24 anos para a criação do Paraná Clube, mas em 23 de março de 1965 Britânia, Ferroviário e Água Verde já faziam negócios. Britânia e Ferroviário se uniram ao Palestra em 1971 para fundar o Colorado. E o Água Verde virou Pinheiros no mesmo ano. O resto é história.

Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

1976 – Como é que é?

É isso mesmo: o Atlético já teve uma equipe de ciclismo. Até os anos 1970, era normal que os grandes clubes de futebol tivessem equipes em outros esportes. Naquele 23 de março de 1967, o destaque do Diário do Paraná era a prova Qualquer Classe (que nome!), vencida pelos irmãos José e João Juarez de Lima. Tenho quase certeza que o texto é do seu Firmino Dias Lopes, que trabalhava lá.

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1988 – Uma rotina

De 1979 a 1997, era sempre assim – caía um técnico no Coritiba e Dirceu Krüger assumia como interino. No final, apesar de alguns períodos longos no comando, o Flecha Loira nunca foi efetivado. Mas é um dos treinadores que mais dirigiu o Coxa na história do clube. Em 23 de março de 1988, era essa a informação que dava o Correio de Notícias: sem acordo com Ênio Andrade, o diretor Tico Fontoura pensava em manter Krüger como técnico.

Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

1990 – Em vantagem

Esse jogo relatado em 23 de março de 1990 fez muita diferença no Campeonato Paranaense daquele ano – que teve a histórica final Atletiba em que Berg fez o gol contra do título do Athletico. Era apenas a primeira fase do Estadual, mas já valia ponto extra lá pra frente, e depois somaria na campanha geral que daria vantagem na decisão. Os veteranos Kita e Heriberto, que não terminariam aquele campeonato como titulares, fizeram os gols da vitória sobre o Paranavaí por 3×2 no Pinheirão.

Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

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