Apesar de alguns acharem improviso, Douglas Silva vem atuando nos últimos jogos do Coritiba como volante. Também, pudera. Como ele mesmo diz, a lateral esquerda era para ?quebrar um galho?, foi ficando e acabou contratado pelo Alviverde para esta função. Agora, com o técnico René Simões querendo um meio-de-campo mais ágil, ele cai como uma luva, atuando ao lado de Careca e fazendo a proteção aos defensores. E ainda pode voltar à sua outra função caso seja necessário. Por isso, contra o Paulista, às 16h de amanhã em Jundiaí, ele segue na meiúca coxa.
?Eu estou gostando. É uma posição em que eu já vinha jogando e, graças a Deus, consegui me adaptar rápido, porque estava na lateral e o jogador às vezes estranha essa mudança?, comemora Douglas Silva, agora um dos volantes do Coritiba. Como o estranhamento não foi grande e os resultados vieram, ele volta ao início da carreira como no Grêmio. ?Comecei como segundo volante, depois fui quebrar um galho de lateral e fiquei de ala e agora estou tendo a oportunidade de retornar à posição de origem?, revela o jogador.
Para ele, a nova forma do time jogar vem agradando. ?Todas as equipes vêm jogar aqui no Couto fechadas e a gente tem que fazer com eles também fora de casa. Temos jogadores rápidos para fazer o contra-ataque e acontecendo isso conseguimos bons resultados fora?, analisa Douglas. Na visão dele, mesmo com o congestionamento no meio, o time não fica defensivo. ?Com dois alas como o Fabinho e o Gilberto Flores, que têm muita força e velocidade, a equipe fica bem-equilibrada?, aponta.
E deverá ser assim mesmo que René irá armar a equipe contra o Paulista. No trabalho de ontem, ele repetiu a formação de quarta-feira e não faz mistério. Com o retorno de Ânderson Lima, depois da suspensão, o time volta ao 3-6-1. Assim, o atacante Henrique Dias volta pro banco, apesar de ter ido bem nas duas partidas anteriores.
O que o treinador não fala é sobre os detalhes da movimentação em campo. ?Se eu explicar eu vou dar detalhes e hoje em dia você aperta o botão e tem informação de tudo quanto é lugar?, desconversa René.
Hoje, o elenco volta aos trabalhos pela manhã no CT da Graciosa, em mais um trabalho tático. À tarde, a delegação almoça e embarca para Jundiaí.
Vialle não quer indicação, mas sim jogador com contrato assinado
| Foto: Lucimar do Carmo |
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| Entre os nomes da lista da torcida, Luís Mário, que foi descartado pelo coordenador. |
O coordenador de futebol João Carlos Vialle recebeu a lista de reforços encaminhada por um grupo de torcedores, mas não vai atrás de nenhum deles. Segundo o dirigente, o desafio proposto ao torcedor Leandro Requena, do programa Tribuna nos Esportes, era para que tudo fosse acertado e o jogador chegasse ao Alto da Glória com tudo certo para assinar contrato. ?Não quero indicação de nomes, quero jogador definido, com salário acertado e tudo. Quero jogador mastigado?, rebateu o dirigente do Coritiba.
De acordo com ele, indicação pura e simples para contratações chegam aos montes ao clube. ?Todo dia tem três nomes diferentes na minha mesa. Só dar nome de jogador para eu ir atrás não dá?, apontou. Assim, é pouco provável que algum dos nove atletas indicados por Requena, Coxanautas e Império Alviverde assine contrato. Na primeira passada de olho pela lista, Vialle descartou a contratação dos atacantes Diego Tardelli (São Paulo), com salário em torno de R$ 140 mil, e Luís Mário (Botafogo), que já atuou no Coxa e não deixou muita saudade.
Ao mesmo tempo, o dirigente revelou que pode liberar o volante Adriano para o Náutico. ?Houve uma consulta e estamos esperando um contato do clube?, informou. Segundo Vialle, se os pernambucanos mantiverem o interesse, o Coritiba não colocará obstáculos para a saída do jogador, que vem sendo pouco aproveitado nos jogos. Já o zagueiro Henrique voltou ao noticiário pelo interesse do Internacional, mas deve ficar só nisso mesmo. ?O Inter não tem dinheiro para contratar o Henrique?, finalizou o dirigente alviverde.
Torcidas prometem novidades
?Terça-feira vai ser um jogo iluminado.? Quem garante é Osvaldo Dietrich, gerente de marketing do Coritiba, que reuniu as torcidas organizadas para discutir como manter a mobilização em prol da equipe e até novas formas de colorir o Couto Pereira em dias de jogos. Por enquanto, ele faz mistério sobre o que pode acontecer, mas a julgar pela inovação de sábado passado com ?lágrimas? na social inferior, as arquibancadas devem receber muita pirotecnia, mas nada de fogos para não prejudicar o clube com a perda de mando de jogos.
?Tanto no jogo de terça-feira (Gama) quanto no de sábado (Ituano) vai ter novidade. Tivemos uma reunião preparativa e educativa com as torcidas?, disse Dietrich. Na reunião, estiveram presentes Império Alviverde, Mancha Verde, Povão Coxa-Branca, Coxanautas, Cornetas do Fosso e o próprio clube, que tomou a iniciativa. ?Conversamos sobre o que pode e o que não pode e as próprias torcidas vão controlar isso porque o Coritiba é um dos poucos clubes que ainda não perdeu mando de campo?, justifica.
E o que não terá mais é fogos dentro do estádio, já que a Povão estava soltando alguns foguetes durante os dois últimos jogos. Além do barulho forte, um artifício daquele poderia cair no gramado como aconteceu na partida Atlético x Figueirense. ?Pedi para não utilizarem mais. A gente quer, na conversa, acertar tudo para não correr riscos?, aponta. De qualquer forma, Dietrich e as organizadas garantem que festa não vai faltar.