Cheio de moral

Valorizado, Marquinhos participa da montagem e elenco do Coxa

O técnico Marquinhos Santos começa esta temporada ainda mais forte no Coritiba – e olha que ele foi um dos responsáveis pela salvação do time do rebaixamento a duas rodadas do término do Campeonato Brasileiro. Disputado por ambas as chapas que concorreram à eleição do clube, em dezembro, o treinador de 35 anos tem papel importante na montagem do elenco alviverde.

Robinho é um claro exemplo dos “superpoderes” do treinador no Alto da Glória. A postura firme da diretoria, que recusou as propostas do Palmeiras, parte muito do interesse de Marquinhos – na cabeça do técnico, o camisa 20 é fundamental na montagem do time de 2015 – dentro e fora de campo. “É difícil de encontrar no futebol atual um meia com as características do Robinho. Ele ajuda a marcar e criar”, diz o treinador.

Já o meia-atacante Rodolfo, que veio do Flamengo na negociação que envolveu a permanência do zagueiro Welinton, foi indicação do técnico, que havia tentado sua contratação no ano passado, quando dirigia o Bahia. Mesmo com o currículo irregular do jogador, o Coxa apostou nele. Com Negueba é a mesma coisa. “Negueba é jogador de velocidade, arisco, que conheço da Seleção na base. É um jogador interessante”, elogia. Alan Santos, Giva, Pedro Ken – todos passaram pelo crivo do técnico.

Nesse período de transição, Marquinhos Santos trabalhou diretamente com o vice-presidente de futebol Ernesto Pedroso e com o superintendente André Mazzuco (hoje um subordinado do diretor executivo João Paulo Medina) na busca por reforços – e todos os nomes foram submetidos ao treinador.

“Periodicamente temos feito reuniões para apresentar dados, preços, discutir salários, condições. Temos uma comissão que aprova os nomes, mas é evidente que a opinião do Marquinhos pesa”, fala Pedroso.

“O trabalho está sendo realizado com participação efetiva do treinador para que tenhamos um grande ano”, enfatiza Ricardo Guerra, outro membro do G5 coxa-branca.

A aposta no técnico é tamanha que o contrato assinado no fim do ano passado é de dois anos ao lado do corintiano Tite, o maior de um técnico que trabalha na elite do futebol nacional. E uma espécie de prêmio a Marquinhos, que comandou o Cori em duas oportunidades, e na primeira foi demitido na esteira da queda do então gerente Felipe Ximenes. Aquela demissão foi resumida por Alex como “uma das maiores sacanagens” que ele já vira no futebol.

Para a atual gestão, Marquinhos Santos é o profissional ideal para o planejamento alviverde. “Temos nele um projeto de médio prazo, que é o certo a se fazer”, explica o vice-presidente André Luiz Macias. “Ele é fundamental não só para 2015, como para 2016 também”, completa o dirigente.