Torcedores-símbolo do Coritiba repetem peregrinação

Se a torcida do Coritiba é considerada aquela que nunca abandona, dois deles podem bater no peito e dizer que não abandonam nem quando o time viaja para longe.

Repetindo a peregrinação em favor do Alviverde na Série B, Francisco e Matheus Rezende, pai e filho, continuam lado-a-lado com o time do coração em 2011, seja lá onde for.

Foi assim em Erechim, em Fortaleza e será assim também em Salvador, no domingo, no confronto contra o Bahia. É lá que eles esperam dar sorte ao time, que também precisa começar a pontuar fora de casa  neste Brasileiro.

“O time precisa ganhar fora também e espero que seja dessa vez. Vamos na sexta-feira e é mais uma oportunidade de ficar com o Matheus (12 anos)”, projeta Francisco, de 50 anos.

Sempre animado, ele já planejou tudo com antecedência para a estada na capital baiana. “Este ano só não fomos a Cianorte porque o time já era campeão (do 1.´ turno). Algumas viagens são bate-volta e parece que a gente fica concentrado, mas jogos mais longe vamos antes e temos o ritual de assistir o treinamento do time na cidade”, revela o torcedor.

A dupla é tão assídua nas partidas que os jogadores já a reconhece e até sentem falta quando ela não aparece na concentração. “É muito legal ter torcedores assim, que sempre estão junto com o time. Às vezes eles ficam no mesmo hotel, tomam café com a gente, conversam”, aponta o atacante Anderson Aquino.

Na visão do zagueiro Pereira, eles são um incentivo a mais para a equipe. “É bacana, porque eles pagam um preço muito alto. É um incentivo a mais para nós eles estarem sempre. E o Matheus virou o mascote do time”, diz o defensor.

Quanto aos valores, Francisco diz que cada viagem varia. “Tem gasto, mas não é isso tudo que o pessoal imagina”, minimiza. Segundo ele, para Juazeiro do Norte no ano passado foram mais de R$ 3 mil, mas agora para Salvador o filho pesquisou preços na Internet e achou passagens em torno de R$ 200 para cada trecho.

“Muita gente gasta com cartão aqui na confeitaria e caem bastante pontos e a gente corre atrás das promoções”, avisa o confeiteiro do Jardim Paulista, em Campina Grande do Sul.

Por isso, ele espera continuar na mesma balada até o final do ano. “Vamos na mesma paulada, se a Mariane (esposa) deixar. Por enquanto, ela está deixando”, brinca Francisco.

Diferentes de outros torcedores, eles são avessos a cornetagem e são apenas fãs da equipe. “Eles são tranquilos. Com a gente eles conversam outro papo e não falam de futebol. Tiram fotos e estão se tornando amigos nossos”, finaliza Aquino.