Dia da verdade

Sócios do Coritiba decidem hoje quem irá ‘governar’ clube

O Coritiba se prepara para receber mais de três mil associados na eleição que definirá o Conselho Administrativo do clube para o triênio 2015-2017. No total, cerca de 8.400 coxas-brancas têm direito a voto. Presidente em exercício do Conselho Deliberativo, Júlio Jacob Júnior faz um pedido para que os sócios ‘adiem viagens ou compromissos’, para que o Verdão tenha ‘a sua maior festa democrática’ de todos os tempos. A expectativa é que antes das 18h o resultado das urnas já seja conhecido.

Eventuais sócios adimplentes, que por algum erro administrativo não constem da lista de aptos a voto, poderão regularizar suas situações na central do associado, que estará operando normalmente.

Os sócios terão que escolher entre a situação de Vilson Ribeiro de Andrade e a oposição de Rogério Portugal Bacellar. Uma disputa motivada por divergências políticas que se materializaram durante os últimos meses. No início do processo, Ernesto Pedroso – um dos conselheiros mais influentes do clube – tentou articular uma chapa única. Muitos nomes surgiram como potenciais candidatos, mas o acordo só seria possível caso Vilson desistisse da reeleição. Diante do impasse, as duas alas se formaram e hoje o enfrentamento será entre a ‘Coritiba, Nós Construímos’, da situação, e a ‘Coxa Maior’, da oposição.

A ‘Coritiba, Nós Construímos’ sustenta a continuidade do que foi realizado ao longo dos últimos anos. Vilson admite que erros ocorreram na formação do grupo para o último Brasileiro, mas destaca o que foi feito de bom desde 2010, num momento em que o Verdão estava relegado à segunda divisão e punido com mandos de campo. “Nesses anos, conquistamos um tetracampeonato e uma série de títulos nas mais diversas categorias. Recuperamos o Couto Pereira e realizamos um sonho de décadas, com a construção do novo setor Pro Tork”, defende Vilson Ribeiro.

A proposta da ‘Coxa Maior’ é de uma guinada no clube, saneando a dívida milionária (que estaria na casa dos R$ 200 milhões, segundo a própria chapa) e de novos rumos para o futebol. “Precisamos de maior utilização da base e de critério nas contratações. Nos últimos tempos, o clube gastou muito dinheiro, com salários absurdos para jogadores que não deram retornou algum ao clube, como Botinelli, Lincoln e outros tantos”, dispara Bacellar. A oposição, neste clima de mudança, conta com um grande aliado: o craque Alex, que declarou publicamente o seu voto a Bacellar.