Só a matemática ainda não garante o retorno Coxa

Se na matemática ainda não dá para sacramentar o acesso para a Primeira Divisão do ano que vem, no futebol o Coritiba já está lá. Ontem, o Coxa voltou a sobrar no Couto Pereira, não tomou conhecimento do Ipatinga e sapecou 3 x 0 nos mineiros.

A torcida não quis nem saber e já cantou que voltou. O resultado mantém a equipe do Alto da Glória na liderança da Série B, que segue absoluto não só na confirmação da vaga na elite como também na busca do título da Segundona Divisão.

Precisando vencer para conseguir o acesso virtual à Série A, o Coritiba partiu para cima do Ipatinga, apesar de tomar todos os cuidados contra um adversário desesperado para escapar do rebaixamento à Série C.

Só que os mineiros entraram em campo mais para empatar do que outra coisa. Melhor para o Coxa, que se impôs e foi buscar o resultado. O domínio era amplo, as jogadas começaram a ser construídas e não demorou para Enrico cruzar para Leonardo se antecipar à marcação e mandar a bola para a rede, aos 17 do 1.º tempo. Festa nas arquibancadas, mesmo com público abaixo do esperado.

O resultado era tudo o que o Coritiba queria para deixar os nervos no lugar, fazer a lição de casa, manter a liderança da Série B e encaminhar o carimbo no passaporte. Mas o clima de balada na torcida, com o bumbo marcando o “bate-estaca”, contrastava com o time cadenciado, mas para uma “lounge” no gramado.

A morosidade deixou a torcida impaciente e fez o Ipatinga gostar do jogo. Mas as estocadas mineiras no ataque mais assustaram Edson Bastos do que levaram perigo real. Mesmo assim, o técnico Ney Franco, que não queria dar sopa ao azar, deu um puxão de orelhas em todo mundo no vestiário.

A bronca deu certo, a turma voltou com mais vontade e disparou uma pressão para cima do goleiro Douglas. O camisa 1 teve que se desdobrar, mas não conseguiu segurar o ataque coxa.

Principalmente quando Léo Gago cobrou uma falta no ângulo, aos 7 da etapa final. O gol era o que a torcida queria para soltar o grito de “o Coritiba voltou”. A galera gostou e era só festa quando Marcos Aurélio cobrou falta da esquerda e Ângelo raspou de cabeça, e também mandou para a rede, aos 21. O gol desencadeou a festa dos mais de 13 mil pagantes que não se intimidaram com a chuva que caiu ontem em Curitiba e marcaram presença no Alto da Glória.