Sindicalista diz que Coritiba falhou na segurança

“Houve falha nítida na segurança particular do Coritiba. Estavam todos amedrontados”. A fala do presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, João Soares, ressalta os problemas do despreparo dos contratados pela diretoria do Coxa para o jogo contra o Fluminense, no Couto Pereira.

Segundo Soares, os profissionais de segurança devem ser treinados para atender esse tipo d e ocorrência. Para ele, não era o caso dos seguranças da Defenser, prestadora de serviços no dia do tumulto.

“Deveriam ter feito um cordão de isolamento na área. Afinal, tudo dava indícios de que os torcedores iriam invadir o campo. Eu vi as imagens pela TV, mas não percebi nenhum tipo de providências por parte deles”, explica.

O presidente do sindicato ainda questiona os números repassados pela Defenser ao clube. “Podem até afirmar que colocaram um número x de seguranças dentro de campo. Mas se não tem nem registro na Polícia Federal, como você poderá acreditar na seriedade dos documentos”, conta.

Um relatório apresentado pela empresa foi utilizado pelo Coritiba no julgamento de ontem no STJD. Nele, havia a indicação de que a equipe de seguranças era composta por 278 agentes.

Soares critica também a diretoria do Coxa. “Disseram que tomaram todas as providências para evitar tumulto. Se tivessem tomado, teriam o cuidado de contratar uma empresa legalizada e reconhecida pela Polícia Federal. Não teriam contratado uma empresa que contratou pessoas aleatoriamente na rua, não deve ter pago mais que R$30 e as colocou dentro do estádio”, afirma.