Se o Coxa não se coçar, vai passar vexame com o Couto

A partir do ano que vem, os principais clubes do Brasil entrarão em uma nova era de estádios. Por conta da Copa do Mundo de 2014, ou por iniciativa própria, 15 times que atualmente estão na Série A do Campeonato Brasileiro, além do Atlético, terão casa nova em, no máximo, um ano e meio. Entre as outras cinco equipes que ficarão para trás, está o Coritiba.

Dono do atual quinto maior estádio particular do Brasil, com uma capacidade de 37 mil lugares, – atrás apenas do Morumbi, Arruda, Olímpico e Beira-Rio -, o Coxa será ultrapassado brevemente também pela Arena Palestra, do Palmeiras, e o Itaquerão, do Corinthians.

Inaugurado em 1932, o Couto Pereira teve como seu primeiro nome Belfort Duarte -ex-jogador que nunca chegou a atuar pelo Alviverde, mas foi homenageado por conta do “fair play” ao longo da carreira. Porém, em 1956, quando o estádio passou por reformas, que foram concluídas em 1977, mudou seu nome para Major Antônio Couto Pereira, ex-presidente do clube, e se tornou, na época, o terceiro maior estádio particular do Brasil, atrás apenas de Morumbi e Beira-Rio.

Agora, o Coritiba segue um dilema a respeito do Couto Pereira: reformar o atual estádio ou construir um novo em outro lugar? Desde 2010 surgem boatos e interesses do clube em erguer uma nova casa em outro local. Já até existe um projeto para isso, mas a iniciativa sempre esbarra na questão financeira.

No ano passado, o clube, juntamente com a construtora OAS, esteve perto de adquirir o terreno do Pinheirão, mas alguns detalhes na negociação impediram o acerto. No mês passado, o local onde se encontra o estádio foi vendido para o empresário João Destro. Enquanto isso, o Alviverde vem realizando algumas obras no Couto, que vão desde a pintura na área externa até melhorias na iluminação e na parte elétrica.

Mas para o Coritiba não ficar para trás serão necessárias muito mais do que reformas pontuais. Os estádios que estão surgindo trazem conceitos que agregam shopping, museus, restaurantes e até teatros e cinemas às suas estruturas. Antes, o que fazia a diferença era a capacidade. Hoje, é o conforto. O objetivo é transformar os estádios independentes das rendas das partidas. Multiuso, eles oferecem atrativos não só para para o torcedor, mas para quem busca lazer. Resta saber, como o Coritiba irá viabilizar isso para não ficar na lanterna nesta corrida.