Psicóloga garante que o Coritiba não irá se abalar

Após 17 vitórias seguidas será que o Coritiba está preparado para perder? A resposta no Alto da Glória é “sim”. Não que já estejam prevendo algo nesse sentido, mas na avaliação de quem cuida da parte emocional dos jogadores alviverdes, a preparação para vencer tem sido tão bem feita que um revés será considerado natural. “O pensamento de perder não existe, mas como o time vem numa regularidade é porque está muito maduro.Quando se consegue essa regularidade no futebol, a gente fala que o time está maduro, que o time está preparado para tudo”, avisa a psicóloga Flávia Foccacia Justus.

De acordo com a especialista, na verdade ninguém trabalha um grupo para o pior. “A gente não espera isso. O nosso foco é vencer, e todos os profissionais que estão no clube, assim como o suporte que é dado, visa isso. Mas a gente sabe que pode acontecer”, aponta. Se acontecer, no entanto, Flávia conta que a estrutura que o clube montou é para também suportar derrotas. “Pela estrutura da nossa equipe, pela estrutura do clube, não vai acontecer de o time se abater, de se desestabilizar emocionalmente ou de cair o rendimento. Isso não vai acontecer. Nós não queremos isso, e estamos trabalhando todos com o foco para a vitória. Mas se isso acontecer, não vai ter instabilidade nenhuma”, destaca.

Para ela, o ambiente interno tem favorecido as conquistas que o Coxa tem alcançado. “Pelo suporte que eles recebem do clube, pela tranquilidade que eles têm, com o salário em dia e a família amparada, e os atletas valorizam muito isso, e tendo tranquilidade para treinar e jogar, cria-se esse clima favorável para esses resultados. Cria-se uma segurança para o caso de isso (derrota) vir acontecer, de estar todo mundo junto com eles”, avalia.

Assim, mesmo não planejado, um revés é considerado natural dentro do clube. “Isso faz parte do futebol e a gente sabe que atleta não é super-homem, atleta não é máquina. Mas que eles estão muito focados e muito dispostos para vencer, com certeza sim”, reitera. Há dez anos dentro do clube, o que não mudou com a grande fase do time foi justamente o acompanhamento psicológico. “Eu faço um trabalho mais individual e não tenho o hábito de fazer um trabalho coletivo”, revela Foccacia, dizendo que o segredo está na conscientização dos jogadores.