A polícia prendeu mais um rapaz envolvido na pancadaria ocorrida no Estádio Couto Pereira, após o final da partida entre Coritiba e Fluminense, no domingo. Geison Lourenço Moreira de Lima, 20 anos, teve a prisão decretada e cumprida na manhã de ontem, numa academia de musculação, no bairro Cajuru.
Segundo a polícia, Geison aparece em diversas fotos divulgadas pela imprensa segurando um banco que foi jogado na direção de policiais militares. Ele se junta a Gilson Santos, também de 20 anos, que havia sido preso na segunda-feira, acusado de agredir o policial Luiz Ricardo Gomide, no meio do gramado.
O delegado do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE), Miguel Stadler, informou que já foram identificados cerca de 40 torcedores que participaram da confusão. “Muita gente já foi ouvida e interrogada e dois foram presos porque tiveram envolvimento mais grave no episódio”, explicou Stadler.
O delegado lembrou que a população pode ajudar com fotos ou vídeos da baderna. Informações podem ser dadas pelo fone (41) 3284-6536 ou pelo e-mail vanessaalice@pc.pr.gov.br. O interessado também pode entrar no site www.seguranca.pr.gov.br. A polícia lembra que a identidade do denunciante será mantida em sigilo.
Uma das pessoas interrogadas foi o presidente da torcida organizada Império Alviverde, Luiz Fernando Correa, o “Papagaio”. Ele exibiu documentos e fotos que poderão ajudar a polícia nas investigações.
Império
“Há informações de que a invasão de campo e o quebra-quebra teriam sido planejados”, afirmou Stadler. O interrogado passou informações sobre a viagem para Minas Gerais, onde o Coritiba enfrentou o Cruzeiro na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. “Temos relatos de que nessa viagem teria se dado início à baderna”, disse o delegado.
O presidente da Império lembrou ainda que desde o ano passado vem apresentando sugestões às autoridades, mas que pouco foi feito até agora. “Solicitei instalação de câmeras de seguranças na sede da Império e punição aos maus torcedores”, disse. “Sobre o jogo de domingo, eu informei à polícia que estava preocupado com o clima que se criou e que poderia haver confusão se o Coritiba caísse”, concluiu.