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Pachequinho muda perfil do Coxa pra acabar com próprio retrospecto ruim fora de casa

De 2015 pra cá, Pachequinho comandou o Coxa fora de casa em 17 partidas, somando apenas 39% de aproveitamento. Foto: Albari Rosa

Não é segredo para ninguém que o Coritiba, nos últimos anos, não tem conseguido um grande aproveitamento jogando fora de casa na disputa do Campeonato Brasileiro. Efetivado como comandante do Verdão depois de conquistar o título do Campeonato Paranaense, no início deste mês, o técnico Pachequinho quer fazer do Coxa um visitante indigesto para os adversários. Quer também melhorar seu próprio aproveitamento nas partidas longe de Curitiba. Sábado (27), contra o Vitória, às 21h, em Salvador, será uma boa chance para mudar essa história.

No último sábado (20), apesar da derrota para o Santos por 1×0, na Vila Belmiro, o Coritiba provou que tem tudo para mudar esse histórico ruim. O treinador, na verdade, deu sua cara ao time e implantou um modelo de jogo que tem tudo para ser eficiente tanto no Couto Pereira quanto fora de casa.

“Todos viram a forma que nós jogamos, a maneira que nossos atletas se portaram dentro de campo, jogando de igual para igual e, na minha visão, muito melhor do que o Santos. Tomamos o gol e mesmo assim não mudamos nosso modelo de jogo e a forma de atuar. E isso eu passei para os atletas, que temos que jogar fora igual jogamos em casa. Tivemos inúmeras oportunidades, méritos também para o Vanderlei, que foi feliz em alguns lances, mas são derrotas que você tira de exemplo de lição de como tem que atuar. Então, ficamos tristes pelo resultado, mas muito contentes pelo que os atletas demonstraram dentro de campo”, disse Pachequinho após o duelo contra o Peixe.

Desde que assumiu pela primeira vez o comando do Coritiba, na reta final do Campeonato Brasileiro de 2015, e conseguiu, na ocasião, livrar o Verdão do rebaixamento, o técnico comandou o Coxa em 17 partidas como visitante. Nestes compromissos, foram seis vitórias conquistadas, dois empates e nove derrotas, totalizando 39% de aproveitamento. O saldo de gols, no entanto, é positivo. Foram 23 gols marcados e 19 sofridos.

A eficiência como visitante foi o diferencial para Pachequinho, em 2015, conseguir livrar o Alviverde do rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. Foram três duelos fora de casa. O time perdeu para o Corinthians por 2×1 e conseguiu duas grandes vitórias contra Goiás, no Serra Dourada, e Palmeiras, em São Paulo, que foram fundamentais para a equipe alviverde se manter na elite do futebol nacional.

No ano passado, Pachequinho assumiu o comando do Coritiba na vaga de Gilson Kleina ainda na reta inicial do Brasileirão. Neste período, até a última rodada do primeiro turno, quando voltou a ser auxiliar-técnico, na oportunidade de Paulo César Carpegiani, os resultados como visitante não foram bons. Em sete jogos fora do Couto, foram quatro derrotas, dois empates e apenas uma vitória.

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Neste ano, quando substituiu Carpegiani, no final de fevereiro, o rendimento longe da torcida melhorou um pouco, mas está longe do esperado pelo comandante. Em sete partidas, foram três vitórias e quatro derrotas, totalizando aproveitamento de 42%.

Porém, das três vitórias conquistadas fora do Couto Pereira, uma marcará para sempre a carreira do treinador. O Coxa goleou o Atlético por 3×0, na Arena da Baixada, no primeiro duelo da final do Paranaense e encaminhou a conquista do título estadual. Assim, mais do que conseguir grandes resultados, Pachequinho, com sua forma de comandar o Verdão, tem dado esperanças que o Coxa, em 2017, pode, enfim, ser um visitante mais eficiente para brigar por objetivos maiores no Brasileirão.