Apoio total

Na noite especial no Couto, torcida viu um Coritiba guerreiro

A movimentação no Couto Pereira começou cedo. Cedo mesmo, porque de manhã os técnicos das emissoras de TV já montavam as três montanhas de cabos e equipamentos para duas transmissões para o Brasil e uma para a América do Sul. Em meio a um emaranhado que cobria o estádio, a torcida chegou num emaranhado de emoções – de um lado, a esperança de uma vitória em casa; de outro, o receio pela qualidade do adversário. E tudo isso foi vivido pelos mais de 18 mil torcedores que estiveram no Alto da Glória na noite de quarta-feira (19) para Coritiba 1×1 Atlético Nacional.

Esperava-se um público maior, mas mesmo assim foi a terceira maior audiência em um jogo alviverde no ano, atrás apenas do jogo contra o Belgrano, pela Copa Sul-Americana, e contra o Atlético, na final do Campeonato Paranaense. Torcida que ficou preocupada quando viu o toque de bola agressivo do Nacional de Medellín, que parecia querer provar aos brasileiros que é o melhor time da América.

Alívio apenas aos 29 minutos, quando Nájera foi expulso. E pareceu que a partir daquele instante o torcedor entendeu que seu apoio seria decisivo. Mesmo nas horas em que poderia haver mais apupos, quando João Paulo foi substituído no primeiro tempo, e não Edinho, e quando Raphael Veiga saiu cobrado pela má atuação, a maioria aplaudiu e abafou as vaias. Por mais questionamentos que a galera tivesse, era o dia de apoio incondicional.

E foi isso que se viu, com surpreendente serenidade em momentos “polêmicos”, nas acertadas decisões da arbitragem no gol impedido de Kazim e no lance normal de Bareiro dentro da área. Em vez da cobrança à arbitragem, era sim uma nova onda de gritos e de motivação para o gramado. Ninguém deixou de acreditar, e o prêmio foi o golaço de Iago. Foi uma noite diferente no Couto Pereira, e a torcida alviverde viu seu time ser mais guerreiro que ‘boleiro’, e acabou gostando disso.