Pra revolucionar

Medina diz que aceitou convite do Coxa para mudar gestão

Fundador da Universidade do Futebol e com passagem por clubes paulistas (Corinthians, Palmeiras, São Paulo), Internacional e Arábia Saudita, João Paulo Medina explicou o porquê aceitou o convite do Verdão. “Meu maior sonho foi voltar a um clube de futebol, tentar mudar esse paradigma. Passou da hora de recuperar os clubes, dar saúde financeira e, depois, a técnica. O modelo de gestão tem que mudar, pois o atual não atende mais às demandas”, justifica o diretor-executivo alviverde.

Uma das preocupações está sobre a filosofia ideal dentro das categorias de base. Coordenadores e comissões técnicos do Coritiba ainda estudam qual o melhor caminho. “A partir deste ano vamos implantar e está sendo bastante discutida sobre seguir tendências da Europa ou manter o estilo brasileiro. É uma discussão que precisa ser aprofundada e ampliada”, pondera.

Para melhor isso, Medina pretende implantar algumas coisas no Alto da Glória. Ainda em março, o clube deve inaugurar uma unidade de informação, formação e inovação no futebol, visando unificar todos os setores: técnico, financeiro, psicologia, nutrição, fisiologia e preparação física. “Todos serão centralizados, com o objetivo de monitorar os atletas de todas as categorias. Ideia é ter esse trabalho como sustentação e prospectar o mercado internacional para esses jovens com futuras vendas”, aposta.

Prometendo trabalhar 24 horas por dia pelo Coxa em sua chegada, Medina também dá palestras pelo país. Semana passada esteve em São Paulo e, nesta semana, vai a Brasília falar sobre responsabilidade social no esporte. Sobre a questão, o dirigente coxa não vê conflitos na relação e garante que vai continuar com essa função. “A minha participação foi como palestrante e pretendo fazer até como parte do projeto do Coritiba. Estiveram vários profissionais qualificados, especialistas e próprios dirigentes do clube estiveram”, disse.

Ouro ponto levantado é sobre a regulamentação do fair play financeiro aos times de todas as divisões. O clube que atrasar salário por mais de 30 dias pode perder três pontos na tabela, se comprovado, toda vez que entrar em campo. “É um tema fundamental cobrado por diversas entidades. Considero absolutamente necessário e os clubes vão ter dificuldades, mas é uma exigência que não se pode adiar mais. É um compromisso que vamos cumprir”, garante Medina.