Cadê a torcida?

Jogo do Coritiba na Vila Capanema foi deficitário

O Coritiba cortou despesas como podia, tenta enxugar ainda mais os gastos na temporada, mas se continuar jogando na Vila Capanema com pouco público vai amargar cada vez mais prejuízos.

Na partida de sábado contra o Serrano, 2.252 pagaram para ver a estreia do Paranaense, mas a receita bruta não foi suficiente para cobrir as despesas que o Alviverde teve para jogar fora do Couto Pereira.

Menos mal que a equipe venceu e lidera a competição apesar de ser somente a primeira rodada. Mas, de acordo com o borderô divulgado pela Federação Paranaense de Futebol, o Coxa pagou R$ 38,6 mil para jogar.

“Isso é um reflexo de toda a barbaridade que aconteceu no ano passado e o torcedor do Coritiba é muito apegado ao Couto Pereira. Além disso, tem os fatos de estarmos em férias e a televisão passar em pay-per-view, e os torcedores assistirá a partida no litoral. Isso acaba afastando os torcedores”, analisa o vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade.

De acordo com ele, a falta de atratividade do Estadual também não motiva a galera a ir a campo, mas espera reverter o prejuízo na volta ao Couto Pereira. “É o que a gente está prevendo”, diz. Por isso, o clube corre contra o tempo para deixar o Alto da Glória em ordem.

Esta semana, o chefe da comissão de vistoria da Federação Paranaense de Futebol, Reginaldo Cordeiro, deverá encaminhar todos os laudos necessários à CBF. “Estou só aguardando o melhor momento para ir pessoalmente entregar os documentos”, avisa.

Mas ele conta que há restrições na papelada. “São coisinhas básicas como um reforço em grades”, revela. No entanto, para o Couto ficar apto a receber jogos é necessário que a CBF marque logo a vistoria e libere o estádio para então o departamento jurídico alviverde tentar uma liminar no STJD para que o time volte para casa.

Não há previsão para isso e a tendência é que a partida contra o Cianorte seja na Vila também. Assim, se o público não aumentar, amargar mais prejuízos. De acordo com o borderô, a renda bruta de R$ 29.110 não foi suficiente para pagar as despesas.

Só de aluguel do estádio, o clube desembolsou R$ 22,9 mil, a segurança consumiu R$ 12,5 que, no montante, levaram o total de gastos para R$ 48,1 mil. Considerando que o clube ainda precisa computar R$ 10 para cada sócio e debitar as despesas referentes a cada um deles o total do déficit acabou em R$ 38.633,75.

Reprodução
Borderô da FPF mostra déficit alviverde no jogo contra o Serrano.