Ivo Wortmann fica em paz com a galera alviverde

“Não existe melhor Páscoa do que essa.” A comemoração foi do técnico Ivo Wortmann, que depois de muito tempo finalmente passou um jogo sem ser chamado de “burro” no Alto da Glória. As mudanças que ele fez deram certo e ele poderá abrir os ovos de chocolate com a família saboreando o triunfo no clássico.

“A vitória é dos jogadores. Eles jogam, eu não. Eu ajudo e não tenho que provar nada para ninguém não”, desabafou. O treinador apostou em Ariel Nahuelpán e Willian na meia e foi feliz. Ivo explica o porquê.

“O Willian e o Donizete têm uma pegada forte. Nos jogos contra Cianorte e J. Malucelli a gente assistiu ao adversário jogar e perdeu de ter essa vantagem. Esses jogadores são determinados e a minha filosofia é não deixar jogar. Eles cumpriram muito bem isso”, explicou.

Melhor para Donizete, que de dúvida virou um leão em campo. “Durante o treino sentimos um pouco de dor, mas a gente ouve a vibração da torcida e vai na vontade. Não tem dor que te segure”, destacou o volante.

Mas enquanto o time era aplaudido pela galera, quem sofreu a fúria das arquibancadas foi o meia Marlos. Relacionado de última hora pelas ausências de Dinelson (liberado para resolver problemas particulares), Ramon (com problemas intestinais) e Hugo (voltando de lesão), o meia ouviu a torcida gritar “vendido, vendido”.

“O torcedor tem o direito de ficar chateado, mas faz parte do futebol e eu estou aqui para ajudar o Coritiba”, analisou Marlos, saindo triste e amparado pelo goleiro Edson Bastos.