Atrapalha ou não?

Gramado sintético mais uma vez é assunto no Coritiba

Pela primeira fase do Paranaense, o Coritiba perdeu na Arena por 2x0, mas ninguém colocou a culpa no gramado. Foto: Daniel Castellano

Já virou rotina. Em véspera de clássico Atletiba, ainda mais quando o jogo em questão se trata de uma final de Campeonato Paranaense, falar da grama sintética é praticamente inevitável. O Coritiba, diferentemente do que fez em vésperas de outros duelos contra o Atlético, na Arena da Baixada, desta vez não vai treinar em gramado artificial para o primeiro duelo decisivo do Estadual que acontece neste domingo (30), às 16h, na casa atleticana.

Será a segunda vez que o lateral-esquerdo William Matheus, do Coritiba, vai jogar no campo do Joaquim Américo. No ano passado, quando defendia as cores do Fluminense, o jogador sentiu na pele a eficiência do Furacão jogando em casa. O time atleticano venceu o duelo por 1×0 e o camisa 66 do Verdão ressaltou a vantagem que o Rubro-Negro leva nesse aspecto nas partidas dentro dos seus domínios.

“Joguei lá uma vez. É um campo que eu não vou falar que é ruim, só que eles são, no Brasil, o único time que tem um gramado assim. Quando vai jogar lá, você demora um pouco para se adaptar ao gramado. Eles levam vantagem. No ano passado joguei lá e a maioria das finalizações era no chão. Na época, nosso goleiro, o Diego Cavalieri, relatou que tinha dificuldades”, apontou o lateral-esquerdo alviverde.

“A bola nesse gramado corre mais do que no gramado normal. Para nós, atletas de linha, também. A gente tem que ir para lá sabendo disso. A gente jogou lá esse ano e temos que ir preparados para amenizar o máximo possível essa dificuldade nesse primeiro jogo”, acrescentou William Matheus.

O atacante Iago, autor do gol que deu a classificação do Coritiba à final do Estadual diante do Cianorte, terá a chance de jogar mais uma vez na Arena e revelou a dificuldade que o gramado sintético traz para os clubes que não estão acostumados. “É um pouco diferente, sim. A gente está acostumado com grama normal. Lá a grama é artificial e é mais difícil para quem não está acostumado”, declarou Iago, em entrevista à Rádio Banda B.

A história da final do Campeonato Paranaense do ano passado se repete em 2017. O Coritiba, porém, quer mudar o roteiro e voltar a conquistar o Estadual. Em 2016, o Atlético fez valer o fator casa e, no jogo de ida, venceu por 3×0, encaminhando a conquista do título. No Couto Pereira, o Verdão bem que tentou reverter, mas não teve forças para parar o rival e sofreu nova derrota, desta vez por 2×0.

Para mudar o final dessa história, William Matheus considera fundamental o duelo de ida para que o Coritiba possa decidir o título dentro do Couto Pereira. “O primeiro jogo tem influência total no segundo jogo. Temos que ir lá conscientes do que precisamos e fazer um bom jogo. A gente vai respeitar o Atlético, mas sabendo que a gente precisa também propor o jogo”, arrematou o lateral.