Reforços confiantes

Edinho e Kazim enfim apresentados no Coxa

Na vice-lanterna e cada vez mais pressionado na disputa do Campeonato Brasileiro, o Coritiba apresentou mais dois reforços ontem à tarde, no CT da Graciosa, para a sequência da competição nacional. O volante Edinho e o atacante inglês-turco Kazim Richards vão reforçar o time coxa-branca e, em comum, os dois novos jogadores têm a vontade de escrever uma nova história em suas carreiras.

Kazim Richards, que vestirá a camisa 10 do Verdão neste ano, afirmou que está realizando um sonho em poder jogar no Brasil e frisou que a conversa com Alex, ex-jogador e ídolo coxa-branca, foi essencial para o seu acerto com o clube. “Eu sempre quis jogar no Brasil. Penso que é uma liga muito equilibrada e produz alguns dos melhores jogadores do Mundo. É uma liga muito difícil de jogar. Tinha algumas opções no Brasil e fora, mas quando falei com Alex, Valdir (Barbosa, ex-diretor de futebol) e Gilson Kleina, na época, foi fácil de decidir”, declarou.

Depois de altos e baixos no Grêmio, o volante Edinho quer, agora no Coxa, emplacar uma sequência e recuperar seu bom momento no futebol. O novo camisa 33 do Verdão lembrou das dificuldades que passou no começo do ano passado, quando foi afastado e passou a treinar em separado no tricolor gaúcho e quer ver o Coritiba o quanto fora da zona de rebaixamento.

“Estava feliz no Grêmio, é uma grande equipe, mas surgiu a possibilidade de vir para outra grande equipe que é o Coritiba. Me motiva, isso me trouxe aqui e espero que a gente possa almejar coisas grandes aqui e sair dessa situação o mais rápido possível. O Coritiba é grande e não merece estar nessa situação”, cravou Edinho.

Kazim-Richards sabe da responsabilidade que está chegando ao Coritiba. Além de ser a esperança de melhorar o time ofensivamente, o atacante vai também herdar a camisa 10 de Alex. Porém, Kazim só aceitou depois que recebeu o aval do ex-jogador e ídolo do Verdão. “Todos queriam me dar a camisa 10.Para mim é um gesto incrível, mas primeiro eu não sabia se queria pegar. Para mim essa camisa deveria ser aposentada. Normalmente deveria estar no céu ou em algum lugar para todos verem. Antes de aceitar perguntei para o Alex se era possível pegar essa camisa. Não porque sou uma criança, mas porque respeito alguém que foi meu capitão e vi trabalhar todo dia. Ele me deu sua benção e então foi uma decisão fácil de tomar”, contou.

Tranquilo

O novo centroavante alviverde não deve ter maiores problemas de se adaptar a cultura do Brasil. Sua esposa, Mariana, é brasileira, de São Paulo e isso, segundo ele, vai facilitar a sua adaptação. Assim, Kazim Richards pensa mais em conseguir uma rápida adaptação ao estilo de jogo do futebol brasileiro. O camisa 10 do Verdão, porém, se classificou como um jogador de muita raça e que não desiste de nenhuma bola.

“Me adapto muito rápido a diferentes culturas, mas a minha cultura é similar, porque minha esposa é brasileiro e meus filhos falam inglês e português. Para mim estar aqui é inacreditável, mas a coisa mais importante para mim é jogar. É um estilo diferente de futebol, mas eu sei que aqui temos jogadores bons e que seja uma adaptação rápida. Posso trazer coisas diferentes para o time. O jeito que eu jogo, eu luto até o último minuto. Eu quero vencer, sou um vencedor e eu odeio perder mais do que gosto de ganhar”, concluiu Kazim.