Como parar o Fantasma?

Coxa terá que estudar melhor jeito para mudar rumo da final

O técnico Marquinhos Santos tem de hoje até sábado para escolher a melhor formação tática do Coritiba na tentativa de reverter a vantagem do Operário e deixar o Couto Pereira, domingo, como a faixa de campeão paranaense no peito. Porém, a tarefa será complicada.

Bem postado, o Fantasma, mesmo jogando fora de casa e podendo perder por até um gol de diferença, não deve fugir das suas características. O técnico Itamar Schülle vem escalando a equipe no tradicional 4-4-2. O meio-campo operariano atua em forma de losango, com Chicão sendo o cão de guarda da equipe e Ruy o armador com liberdade para apoiar o ataque. Cabe a Lucas e Pedrinho a dura missão de ajudar na marcação, mas com a bola nos pés também facilitar a vida de Ruy, Juba e Douglas, que estava suspenso no primeiro jogo e volta ao time titular, lá na frente.

Desta forma, o Operário defensivo conta com até sete jogadores para segurar o ímpeto ofensivo do adversário. Porém, quando ataca, o Fantasma tem seis atletas para levar perigo, pois além dos meias e atacantes, o treinador tem como arma o lateral-direito Danilo Baia, que se destaca pela velocidade e bons cruzamentos. Mas é justamente por ali que o Coxa pode segurar o adversário e começar a reverter a desvantagem.

Com a volta do zagueiro Welinton, que estava suspenso em Ponta Grossa, Marquinhos Santos pode retormar o esquema com três zagueiros, escalando Welinton pelo lado esquerdo, ao lado de Luccas Claro e Leandro Almeida, e colocando Carlinhos mais à frente, assim como fez diante do Londrina e acabou dando certo: o Alviverde anulou o lado direito do Tubarão e se tornou mais ofensivo.

Ou seja, além de segurar Danilo Baia e consequentemente tirar a força ofensiva do adversário, Marquinhos Santos também fortaleceria o ataque, com o objetivo de pressionar durante os 90 minutos.

Outra solução

Por outro lado, contra o Londrina a formação com três zagueiros era uma novidade, pegando o Alviceleste de surpresa, o que não se repetiria com o Operário. Assim, uma outra forma de segurar o Fantasma seria pelo meio-campo. Lucas e Pedrinho são a válvula de escape do time. Se o Coxa for a campo mais ofensivo, os dois teriam uma obrigação maior de marcar e não poderiam apoiar tanto o ataque, caso contrário, abririam um buraco no meio e dariam espaço para o contra-ataque coxa-branca.

Além disso, sem essas opções, a bola não chegaria a Ruy, principal nome do Operário no Campeonato Paranaense. Desta forma, o Alviverde teria uma vida bem mais tranquila defensivamente, precisando se preocupar mais em atacar do que em se proteger.
No ataque, diante de possíveis sete defensores do adversário, cabe ao Coritiba também povoar o campo do meio para frente, como uma forma de ter uma vantagem numérica e quebrar o esquema tático formado por Schülle.

Outro ambiente! Leia mais sobre o Coxa na coluna do Massa!