História

Coritiba volta ao estádio que inaugurou e “abriu o placar”

O Coritiba na inauguração do Pacaembu. Em pé: Antônio Cortese (técnico), Ari, Warde, Tonico, Renato, Borges, Aryon Cornelsen, Augusto, Belico, Alfeu e Leonidas Marchandt. Agachados: Zequinha, Pio, Ruben, Pivo e Saul. Foto: Reprodução/Coritiba FC.

Um dos estádios mais tradicionais do futebol brasileiro, o Pacaembu completou 77 anos em abril deste ano. E a história do “próprio da municipalidade”, como era chamado pelos antigos locutores de rádio, começou justamente com um jogo entre Palestra Itália – hoje o Palmeiras – e o Coritiba, no dia 28 de abril de 1940. O Coxa perdeu o jogo por 6×2, mas entrou para a história com o primeiro gol marcado no estádio. Essa história será revivida nesta segunda-feira (18), às 20h, pelo Campeonato Brasileiro.

O gol foi de Zequinha, empresário pelo Ferroviário ao Cori naquele jogo – afinal, era um acontecimento histórico. A partida era acompanhada por quase 70 mil pessoas (naquele tempo, as cautelas com multidões eram bem menores) e principalmente pelo então presidente Getúlio Vargas. Na véspera, dia 27, houve um desfile cívico, como os tempos de Estado Novo requeriam. O dia 28 foi reservado para os jogos – primeiro, Palestra Itália x Coritiba; em seguida, Corinthians x Atlético-MG.

O Coritiba entrou em campo com Ary; Borges e Alfeu; Tonico, Aryon Cornelsen e Warde; Zequinha, Pio, Rubinho, Pivo e Saul. Entraram durante a partida Augusto (no lugar de Alfeu), Belico (na vaga do jogador e depois presidente Aryon) e Sardinha (no lugar de Warde). Campeão estadual em 1939, o Coxa fazia uma então rara partida interestadual – naquele tempo, havia um intercâmbio maior apenas entre clubes do Rio de Janeiro e São Paulo, apesar da rivalidade. A primeira competição nacional pra valer viria apenas em 1959, a Taça Brasil.

O Pacaembu ganhou um outro nome em 1961 – quando, ainda em vida, Paulo Machado de Carvalho foi homenageado. O “Marechal da Vitória” virou nome de estádio por seu histórico no esporte e na mídia paulistanos, com fama ampliada para o resto do País ao ser o chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo de 1958.

Plano B

Com a reforma do Palestra Itália, agora Allianz Parque, e a construção do Itaquerão, o estádio da prefeitura de São Paulo ficou como “plano B” para os clubes quando acontecem eventos em seus próprios campos (ou, no caso do Santos, para agradar o público paulistano). Pela redução do uso e dentro do plano de concessões, o prefeito de São Paulo, João Dória, incluiu o estádio como um dos possíveis locais a serem repassados para a iniciativa privada.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro!

Enquanto isso, o Pacaembu segue sendo a salvação dos times. O Palmeiras manda o jogo desta segunda com o Coritiba no estádio porque o Allianz Parque está ocupado com a montagem do palco para o show do The Who, que acontecerá na quinta-feira (21).