Coritiba deve administrar as duas competições

A passagem para as quartas-de-final da Copa do Brasil e o início do Brasileirão deixam o Coritiba numa sinuca de bico. Investir tudo no caminho mais curto para a Libertadores e deixar a Série A de lado ou entrar com tudo nas duas competições e correr o risco de se enfraquecer com a maratona que o time terá a partir de agora?

Essa é a questão que o técnico René Simões, a comissão técnica e a diretoria terão que administrar para não prejudicar uma competição em detrimento da outra, já que a equipe pode correr o risco de ficar mal nas duas.

“É uma situação extremamente complicada. Se nós tivéssemos um time que você dissesse que somos um candidato ao título brasileiro e (pudesse) ir devagarinho no início, mas não é bem isso. Temos que ser realistas e vamos ter que administrar muito bem isso”, avalia o treinador.

Para ele, não dá para privilegiar uma competição só. “Não esquecer do Brasileiro para ir bem e brigar pela Copa do Brasil porque é o caminho mais curto, faltam seis jogos agora para estar na Libertadores e há que se fazer uma administração como fizemos”, adianta René.

Segundo ele, contra o CSA, o Coritiba já deu início a esse processo. “Com o Marcos (Aurélio, atacante), que não entrou. O Marcelinho Paraíba logo que fizemos o segundo gol saiu, fiquei bem feliz em ver o Pedro jogando bem melhor do que o jogo passado”, diz. Na visão dele, conforme a situação, alguns atletas poderão ficar de fora de alguns jogos.

“Temos que administrar muito bem isso. Dependendo do resultado, (o jogador) descansa, entra num jogo, não entra no outro porque não dá para você colocar uma equipe para jogar um jogo e outra no outro jogo. Vamos ter que administrar isso com inteligência”, destaca.

Amanhã, por exemplo, contra o Palmeiras, René deverá avaliar qual a melhor equipe para largar na Série A sem comprometer o desempenho do time para a partida de terça-feira contra a Ponte Preta.

Para isso, a tendência é que ele use o meia Marlos e o volante Rodrigo Mancha, já que a CBF voltou atrás e vai permitir que um atleta de uma equipe atue por até seis jogos e possa se transferir para outra. Hoje pela manhã, René comanda o trabalho apronto no Couto Pereira e define o time.