Fica ou sai?

Com um pé na semifinal, Pachequinho ainda não sabe seu futuro no Coritiba

Pachequinho acredita que com mais tempo pode fazer o time evoluir ainda mais. Mas a diretoria segue indecisa. Foto: Antonio More

Com um pé na semifinal e um dos principais candidatos ao título do Campeonato Paranaense deste ano, o Coritiba deve chegar à reta final do torneio sem uma definição no seu comando técnico. Depois de 43 dias da demissão do técnico Paulo César Carpegiani, a diretoria alviverde, apesar da nítida evolução do time, ainda não definiu a efetivação do ex-jogador no comando da equipe.

“Não tem novidade nenhuma. É a mesma situação desde o dia que eu assumi até agora”, resumiu o treinador.

Tão logo demitiu o técnico Paulo César Carpegiani do comando do Coritiba, a diretoria fez algumas investidas para achar um substituto, mas em vão. Marcelo Oliveira, Levir Culpi e Jorginho foram nomes tentados pelos cartolas, mas nenhum deles quis assumir o Verdão. Pachequinho, então, que faz parte da comissão técnica permanente do clube, assumiu a equipe, foi ficando e caminha para ser efetivado.

Em campo, o Coxa mostrou um futebol organizado sob o comando de Pachequinho. Melhorou defensivamente, mas sobretudo no ataque. Passou de um dos piores rendimentos ofensivos para um dos melhores ataques do Estadual. O técnico avaliou de forma positiva o trabalho até agora e ressaltou a evolução do time.

“A avaliação que a gente tem é a partir do momento onde eu inicio interinamente os trabalhos. Acredito que o time teve uma evolução importante, construiu uma classificação de uma forma equilibrada, de uma forma onde retomamos a confiança do grupo e o nosso jogo de alguma forma começou a fluir. Vejo uma crescente e construção de um time forte, que a todo momento penso em criar um padrão de jogo que está estabelecido, tanto no aspecto com a bola, quanto defensivo. Estamos em busca de um padrão”, analisou ele.

O Coritiba, na verdade, jogou fora quase dois meses de treinos, quando renovou o contrato de Paulo César Carpegiani e demitiu o treinador no começo de março. Pachequinho recuperou o tempo perdido, deu sua cara à equipe e acredita que o Coxa tem muito ainda a evoluir nesta reta final do Paranaense.

“Essa busca pelo padrão passa pela sequência de jogos da mesma equipe. Em vários momentos tivemos uma dificuldade de conseguir ter o grupo todo à disposição. Todos entraram, que estão atuando, jogaram a primeira fase do campeonato e o primeiro jogo do mata-mata, já evoluíram bastante. Porém, ainda não é o ideal. Precisamos encontrar o time ideal para que o Coritiba se torne mais forte ainda”, emendou o comandante alviverde.

O treinador, no entanto, parece que está ainda sendo avaliado pela diretoria do Coritiba. Mais experiente, sobretudo pelo período que esteve à frente do time, em 2016, e pelo tempo que estagiou em alguns times europeus, ele deve ser efetivado se conquistar o título do Estadual. Primeiro, o Alviverde terá que passar pelo Cascavel, nesta quarta-feira (12), às 20h, no Couto Pereira, para sustentar a vantagem de 5×0 conquistada na primeira partida, no Oeste do Estado. O adversário na semifinal será o Cianorte e há a tendência de que a decisão do Paranaense seja um clássico Atletiba. Bons testes para comprovar ainda mais a eficiência do comandante à frente do Coxa para a sequência da temporada.