Celso Roth é visto como um técnico ‘linha dura’. Dentre os muitos rótulos que o treinador carrega, ele admite que sempre irá priorizar disciplina e a aplicação diária nos treinos. Esta é apenas uma das características do novo comandante do Coritiba, exaltada pelo auxiliar técnico Tcheco. Integrante da comissão permanente do Verdão, Anderson Simas Luciano, 37 anos, está no local que desejava, trabalhando no campo e ao lado de um técnico de vasta experiência.
No ano passado, Tcheco assumiu um “mandato tampão” justamente num momento crítico. Comandou o Coritiba nas três últimas rodadas do Brasileirão e salvou o clube da degola com um empate e duas vitórias. O ex-volante confirma que usou alguns conceitos aplicados por Roth, que fora seu treinador no Grêmio, naquelas decisões. “Ele foi muito citado nas preleções. Fui capitão dele no Grêmio e absorvi detalhes importantes”.
Tcheco, por conta daqueles resultados, chegou até a ser lembrado para dirigir o Coxa novamente. Porém, ele mesmo ainda não se acha pronto. “Nem passou pela minha cabeça. Treinadores consagrados ralaram muito no início. É um processo necessário para o amadurecimento profissional”.
Ao longo do Paranaense, Tcheco assumiu uma função burocrática, mas apenas para colaborar com o clube. “O Vilson (Ribeiro de Andrade) me pediu pra dar um suporte para o Mazzuco. Mas, a vontade sempre foi estar mais próximo do campo”, destacou Tcheco. Ele entende que o clube necessitava, neste momento, de um treinador com a bagagem de Celso Roth. “Nos últimos anos, a aposta foi em treinadores revelações, como o Marcelo (Oliveira), o Marquinhos (Santos) e o Dado (Cavalcanti). Hoje, o clube precisava de um nome de impacto no cenário nacional”.
Para Tcheco, Roth não merece o rótulo de retranqueiro. “Todos os treinadores, sem exceção, começam a montagem da equipe pelo ajuste defensivo. Ele é um treinador exigente”, analisou Tcheco. “Os jogadores já estão tomando um choque em relação a isso”, arrematou Tcheco.