Na hora errada

Carpegiani atravessa pior momento desde que chegou ao Coxa

Foto: Pedro Serápio

O técnico Paulo César Carpegiani, depois da derrota por 2×0 no clássico contra o Atlético, domingo, na Vila Capanema, está vivendo seu pior momento no comando do Coritiba. Considerado o grande responsável pela arrancada recente do Verdão no Campeonato Brasileiro, o comandante coxa-branca vê agora mais de perto a zona de rebaixamento – apenas dois pontos de vantagem – e, assim, uma pressão maior para o time na reta decisiva do certame.

O time coxa-branca terá uma semana de decisões pela frente. Amanhã, às 21h45, no Couto Pereira, o Coxa encara o Atlético Nacional, da Colômbia, no primeiro duelo das quartas de final da Copa Sul-Americana. No domingo, também dentro de casa, o adversário será o Fluminense, onde a vitória é fundamental para que a equipe não volte para a zona de rebaixamento do Brasileirão.

Carpegiani terá agora que lidar com esse momento de instabilidade do time coxa-branca na temporada para conseguir uma reação no Campeonato Brasileiro e largar bem na competição internacional. O treinador considera normal a queda de rendimento, mas quer uma reação imediata.

“Futebol é momento. Às vezes bom, às vezes ruim. É natural que em algum momento você tenha queda de rendimento. É natural essa queda. Tenho que motiva-los para que eles voltem a atuar bem. Urgentemente, como profissionais, temos que saber onde está o defeito. Já informamos e sabemos, temos que contornar isso. Nós temos que levantar essa cabeça, tratar profissionalmente. É levantar a cabeça, não quero ver ninguém de cabeça baixa”, apontou ele.

Sem vencer no Brasileirão há três rodadas e sem marcar nenhum gol neste período, o Coritiba precisa de pelo menos mais três vitórias nas últimas sete rodadas para escapar do rebaixamento. Uma das metas do técnico a partir de agora é melhorar a força ofensiva da equipe para conseguir a recuperação desejada na temporada.

“São os mesmos jogadores que há algum tempo atrás conseguiam resultados. Isso sim, tirando a derrota (2×0 para o Atlético), preocupa mais nesse momento. Perdemos para uma boa equipe e a preocupação que resta desse jogo todo é a nossa ofensividade. Agora temos jogos muito mais importantes e essa falta de objetividade e criatividade que me preocupa. Nós não temos marcado os gols. A campanha não está de toda ruim, mas nos últimos jogos, uma má criatividade tem acarretado nesses resultados ruins e isso é preocupante”, acrescentou.

Nas derrotas para Internacional e Atlético e no empate sem gols contra o Figueirense, se tivesse conquistado pelo menos seis pontos, o Coritiba estaria muito próximo de garantir sua permanência na primeira divisão e poderia dar uma atenção maior para a Copa Sul-Americana. O Verdão, porém, terá que tentar bater o atual campeão da Libertadores, mas sem deixar de lado a briga contra a degola no Brasileirão.