Evolução

Atuação do Coritiba contra o Flamengo resume time no Brasileirão

Amaral comemora. Kléber pode ter sido o herói no Maracanã, mas volante fez o primeiro do Coritba. Foto: Rudy Trindade/Estadão Conteúdo

O Coritiba mostrou ontem no Rio de Janeiro que poderia ter feito mais no Campeonato Brasileiro. Saindo atrás do Flamengo, sofrendo com a pressão dos donos da casa, teve forças para se recuperar em campo, ser superior e buscar o empate em 2×2, que dá mais um passo importante para escapar do rebaixamento. A fuga definitiva pode acontecer hoje, se o Internacional perder para o Corinthians em São Paulo. Com sete pontos de vantagem para o time gaúcho, o Coxa pode se salvar sem entrar em campo.

A atuação alviverde resumiu o que foi o Brasileirão para a equipe. O início foi abaixo da crítica. Logo com um minuto de jogo, a defesa falhou, Diego passou para Éverton, que jogou na área para Gabriel abrir o placar. E o Coritiba ficou atarantado, errando passes, mal saindo do meio-campo e sofrendo pressão. Parecia uma noite trágica no Maraca. E a situação só piorou quando Diego ampliou numa rápida jogada de Éverton.

Além de tecnicamente mal até os trinta minutos da primeira etapa, havia um erro tático grave, com a defesa coxa sofrendo com as jogadas de velocidade do Flamengo. Antes mesmo de acertar esse problema, veio o golpe de sorte – aos 41 do primeiro tempo, após um escanteio e de uma tentativa de Kazim que parou na trave, Amaral diminuiu a vantagem carioca.

No intervalo, Paulo César Carpegiani ajustou o time. Aproximou as linhas de meio-campo e ataque, dificultou a saída de jogo com William Arão e passou a dominar o jogo. Passou até a criar oportunidades com bola rolando, o que não vinha acontecendo até então. Fez uma blitz na frente de Alex Muralha, bombardeando o gol dos donos da casa. Mas o gol não saía. E ainda havia os sustos, com a cabeçada de Réver na trave e o chute de Diego que parou na defesa de Wilson.

Era um domínio de um jogo aberto, em que o Coxa mostrou de novo coragem para buscar o resultado. Uma pressão que às vezes é desordenada, mas que neste jogo foi mais ‘arrumada‘, principalmente quando Kléber e principalmente Leandro passaram a ajudar mais no meio-campo. O atacante, autor do gol da vitória sobre o Santa Cruz, foi mais importante na movimentação que com a bola nos pés.

Com Vinícius e Iago em campo, o Cori passou a ter mais velocidade. E realmente dominou o jogo, se recuperando na partida assim como se recuperou no Brasileirão. E merecia o empate, conseguido na bela jogada de Kléber, que ganhou de Rafael Vaz e venceu Muralha. Um resultado justo e que dá ao Coxa a certeza de que não será rebaixado. Falta apenas a confirmação matemática que pode vir ainda hoje.