Atacante alviverde fala de racismo, gripe e futuro

Titular do Coritiba, argentino, guerreiro, ídolo da torcida, atencioso com a imprensa. Tudo isso define o atacante Ariel, que ontem saiu um pouco do ritual de jogador de futebol comentando sobre o último adversário e o próximo confronto.

Num papo descontraído, ele falou sobre a polêmica que envolveu o volante Eli Carlos do Cruzeiro e o avante Máxi Lopez do Grêmio, da preocupação com a gripe A H1N1, que assola o país vizinho, e até sobre o próprio futuro. Por enquanto, ele tranquiliza a galera e diz que o pensamento está apenas no São Paulo e quer marcar gol para ajudar o time a se recuperar no Brasileirão.

Paraná Online –
O que você achou da confusão envolvendo Máxi Lopez no Mineirão?

Ariel – Sinceramente, não sei o que aconteceu. Me perguntaram se na Argentina “macaco” era algum palavrão e eu disse que não, mas aqui parece que sim. Seguramente algo racista, discriminatório.

Paraná Online – Houve algum exagero no caso?

Ariel –
Não sei o que falar. Nunca me aconteceu, nunca falei para ninguém, não sei se me colocaria nesse lugar, não sei o que falaria. Sinceramente, não me interessa.

Paraná Online – Jogador argentino é mais marcado pela arbitragem?

Ariel –
Não gosto de falar de arbitragem.

Paraná Online – Você já sentiu algum tipo de discriminação aqui no Brasil?

Ariel – Não, às vezes há alguma briga, mas isso é do jogo e estou acostumado.

Paraná Online – Existe proposta para você jogar no exterior?

Ariel – Não sei o que está acontecendo. Sempre há rumores, mas estou bem aqui, Coritiba é minha casa e agora quero vencer com o time e reverter o resultado contra o São Paulo. O jogo contra o Internacional foi muito difícil e sinceramente estou pensando no São Paulo, em nada mais. Depois, sim, se tiver que acontecer algo fora do Coritiba a direção virá falar comigo, mas agora quero pensar no jogo porque tenho que fazer gol e ajudar o time.

Paraná Online – A Argentina está sofrendo muito com a gripe A H1N1. Como você está acompanhando?

Ariel – Estou muito preocupado porque tenho família lá, tenho filho pequeno, minha esposa também está lá. Sei que há remédio para isso, há medicamento. Mas tem que se tratar e controlar isso para que não se expanda mais tanto na Argentina, no Brasil como no mundo, porque já tem mais de 50 mortos. Agora estou no Brasil e espero que não se expanda aqui também, por isso estou muito preocupado e esperamos que não aconteça nada nem com minha família, nem com mais ninguém.