Trabalho de sobra

Após respaldo, Umberto Louzer teve tempo pra trabalhar e montar um novo Coritiba

Louzer terá, no total, três semanas para fazer ajustes no time e provar que confiança da diretoria foi válida. Foto: Jonathan Campos

Contratado no início do segundo turno do Campeonato Paranaense, o técnico Umberto Louzer, depois de quatro meses à frente do Coritiba, já teve o tempo suficiente para mostrar a que veio. Prestigiado pela diretoria mesmo diante de atuações irregulares e de uma campanha de altos e baixos neste começo da Série B, o treinador pode trabalhar nesta intertemporada. Será quase um mês desde o duelo diante do Guarani, no mês passado, até a partida de terça-feira (9), diante do Criciúma, às 21h30, no Estádio Heriberto Hülse, em Santa Catarina.

Louzer substituiu Argel Fucks no final de fevereiro com um objetivo traçado pela diretoria: fazer do Coxa protagonista dos jogos. Algo que, de fato, não acontecia sob o comando do ex-treinador. Ainda no Campeonato Paranaense o Alviverde até teve uma certa melhora, mas não foi capaz de ser campeão estadual. O time chegou na final do segundo turno, mas perdeu a decisão nos pênaltis para a equipe alternativa do Athletico.

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Já na segunda divisão, o treinador balançou, mas não caiu. As atuações irregulares e os resultados que deixaram a desejar fizeram o técnico ficar por um fio no comando. A derrota no clássico com o Paraná, em pleno Couto Pereira, quase foi a gota d’água para ele ser demitido. No entanto, a vitória sobre o Guarani deu sobrevida a Louzer, que segue com a confiança da diretoria.

Depois do duelo contra o Bugre, o comandante coxa-branca teve bastante tempo para trabalhar. Além dos oito dias de folga, serão quase mais três semanas até a próxima partida. Por isso, a expectativa é grande de que o Coritiba, já diante do Tigre, possa ter uma postura bem diferente daquela apresentada até agora.

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Para fazer do Coxa, de fato, um protagonista, como a diretoria quer, Umberto Louzer tem dado ênfase aos trabalhos ofensivos nesta intertemporada. Apesar de ter o artilheiro isolado da Série B (Rodrigão, com sete gols), o time apresentou muitos problemas ofensivos. Não tanto pela falta de criatividade, já que foi o terceiro clube que mais finalizou a gol nas oito primeiras rodadas da Série B, mas sim pela escassez de qualidade para finalizar as jogadas.

“Nessa parada, o Umberto veio corrigindo o que precisava ajustar. Ele cobrou bastante o último terço do campo, a última decisão, aquele reflexo na partida e que pode refletir no resultado. E a gente sabe que futebol é resultado. A gente chegava bem na frente, mas não fazia os gols. A gente vem ajustando nessa parada para chegar bem na retomada da Série B”, cravou o meia-atacante Juan Alano.

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Outro problema detectado no Coritiba foi a falta de regularidade durante os 90 minutos. Em diversas jornadas, o Coxa não conseguiu ser linear e isso acabou custando melhores resultados.

“O Umberto trabalha muito isso, a posse, a hora certa para atacar, a hora para segurar. Ele cobra muito isso de nós nos treinos, para que nos jogos, quando o contra-ataque é nosso, a gente tenha calma e não venha a pecar. É ter mais paciência, fazer o que ele pede e na hora certa abrir os espaços no adversário”, arrematou o jogador.

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