Quem assistiu ao jogo do Coritiba contra o Prudentópolis pôde testemunhar a estreia do meia Anderson no time. E pode ter se surpreendido com a personalidade que ele demonstrou em campo. Na partida, ele conversou bastante com os companheiros, se movimentou bem e deixou o campo sob aplausos.De quebra, deu mostras que é um forte candidato a ídolo do Alto da Glória, mesmo que não seja tão famoso e badalado quando o seu conterrâneo Ronaldinho Gaúcho, que se recusou a vestir a camisa alviverde.
Curiosamente, assim como o colega de profissão, Anderson foi revelado nas categorias do Grêmio e fez carreira no exterior. No Tricolor, começou com apenas cinco anos e fez história ao ser um dos heróis da Batalha dos Aflitos, jogo histórico que marcou o retorno do time gaúcho à Série A em 2005. De lá, partiu para a jornada internacional, que começou no Porto e passou pelo Manchester United e Fiorentina, antes de voltar para o Brasil para defender o Inter. Do Colorado, por empréstimo, ele finalmente chegou ao Coxa.
“Fazia dois meses que não jogava. Consegui manter o condicionamento físico no Inter, apesar de ficar um mês sem contato direto com os jogadores. Tentei dar o meu máximo na estreia. Quem tem qualidade nunca perde, não desaprendi a jogar”, afirma, sem nenhuma modéstia.
Ao passo que reconhece o próprio talento com a bola, ele tem bem clara a noção de grupo e a importância do espírito de equipe para conquistar bons resultados. “Sou um jogador que tem de marcar e criar, desde que o time ganhe. Mas não me preocupo tanto em fazer gols, mas em abastecer o ataque”.
Aparentemente à vontade com o grupo, ele garante que mais do que se candidatar a ídolo, busca se entrosar e reforçar o elenco, fazendo a parte dele. “Vim para somar. Escolhi vir para o Coritiba e colaborar, além de mostrar o meu trabalho. A ideia é buscar títulos como fiz em outros clubes. É muito difícil lembrar de um ano que fiquei sem título”, afirma.
No entanto, após a eliminação do time na Copa do Brasil, neste semestre, o que sobrou foi o Campeonato Paranaense. Experiente, Anderson reconhece o valor que o título possui. “É importante lutar pelo Estadual pra ser lembrado e marcar o nome na história do clube. É um título que soma. Não dá pra ficar lamentando a eliminação na Copa do Brasil”.
Com uma semana de preparação para a partida contra o J.Malucelli, no sábado (11), Anderson espera pegar mais ritmo e entrosamento, o que incluiu uma melhor adequação ao estilo de jogo implantado pelo técnico interino Pachequinho. “O que você faz no treino, faz no jogo. Temos uma semana pra treinar jogadas específicas e buscar o aprimoramento”.