Coritiba vence o São Caetano e é o 4.º colocado

As rodadas seguem, os jogos se sucedem e o Coritiba segue perto da ponta da tabela de classificação. A vitória sobre o São Caetano foi o sétimo resultado positivo alviverde em seqüência – a última derrota foi para o Grêmio (0x1), dia 11 de maio, na oitava rodada. E é a prova do ótimo momento da equipe, que mesmo enfrentando um adversário difícil, conseguiu um categórico triunfo.

Para o técnico Paulo Bonamigo, esse é o principal ponto a ser comemorado. “Veja só: enfrentamos uma equipe de primeira linha, que está no mesmo patamar que o Coritiba, e rendemos bem. Estamos mais maduros, e a resposta está aí”, comentou o treinador. “Realmente estamos mais amadurecidos em comparação ao ano passado. Isso pode nos ajudar muito em um campeonato tão longo como o Brasileiro”, concordou o meia Tcheco.

Ainda mais nas dificuldades. O São Caetano impôs forte marcação e diminuiu os espaços para o ataque coxa. Tanto é verdade que o técnico Mário Sérgio disse que sua equipe foi traída pela “sorte” do Cori. “Eles fizeram um gol em um momento que era favorável a nós. Eles não conseguiam jogar”, afirmou. “Para completar, o goleiro (Fernando) fez várias defesas”, complementou o treinador do Azulão.

Aí o técnico acertou bem a ferida do goleiro alviverde. “Não posso admitir que minhas defesas são por causa da sorte. Se fosse isso, não precisaria treinar a semana inteira”, atirou Fernando, que fez ao menos três intervenções decisivas. “Quem vai ao dia-a-dia sabe que os goleiros saltam trezentas vezes por dia, treinam muito. O que acontece no jogo é a confirmação do que eu, o Douglas, o Vizzotto e o Cassius (Hartmann, preparador de goleiros) fazemos”, resumiu.

Apesar do bom trabalho de Fernando, a peça tática e técnica mais festejada era, de novo, Jackson. Acomodado na ala-direita, o jogador deu mais um exemplo de abnegação e obediência tática, e quando partiu para individualidade marcou um belíssimo gol. “Ele foi excelente. Talvez tenha feito a melhor partida dele como médio-ala”, elogiou Bonamigo, usando uma das palavras de seu ?dicionário?.

Para o jogador, a boa fase é o retrato de tudo que se faz no clube. “Não sou eu o obediente. Todos no Coritiba somos obedientes, e isso é um fator fundamental para as nossas vitórias”, disse Jackson. Aproveitando as palavras de seu melhor jogador, Paulo Bonamigo lembrou de uma de suas principais exigências ao elenco, bem cumprida no sábado. “Eu sempre disse que, se o time transpirasse, chegaria aos resultados. Contra o São Caetano foi assim”, finalizou.

Expectativa

A comissão técnica deu um período a mais para o descanso dos jogadores, e a reapresentação do elenco acontece às 15h, no CT da Graciosa. Antes do jogo contra o Santos (domingo, às 18h, na Vila Belmiro), Lima, Adriano e Marcel esperam a convocação da seleção sub-23 que disputará a Copa Ouro. A lista de Ricardo Gomes deve ser divulgada na quarta, mas há a possibilidade de antecipação para amanhã.

“Seis pontos” e um nó nos planos de Mário Sérgio

O mundo do futebol tem seus temas bastante conhecidos. Um deles já permeava o confronto de sábado, entre Coritiba e São Caetano. Era o ?jogo de seis pontos?. Quando os times pisaram o gramado do Couto Pereira, conheceu-se o segundo: o ?duelo tático?. E em ambos a vantagem foi alviverde, que venceu por 2×0, com gols de Jackson e Reginaldo Nascimento.

O técnico Mário Sérgio, como é de praxe, mexeu na equipe minutos antes do jogo começar. O São Caetano seria uma equipe mais defensiva, sacando Zé Carlos para a entrada de Serginho – o objetivo, no caso, era conter os avanços de Jackson e Edu Sales pela direita. Percebendo a mudança do São Caetano, Bonamigo deixou Willians mais próximo da ala-direita, liberando Jackson para o ataque e deixando Tcheco quase como primeiro volante. Eram golpes e contragolpes táticos, que deixavam o jogo mais marcado que jogado.

Era tanta marcação que o primeiro arremate (de bola parada) demorou a sair. Aos nove minutos, Marcel cobrou falta com força e Sílvio Luiz teve dificuldade para defender. O Cori sofria para chegar – Adriano, Lima e Jackson tinham acompanhamento individual. Só a qualidade poderia furar tal bloqueio, e ela apareceu aos 22 minutos. Jackson dominou pouco depois da intermediária e mandou um forte arremate, no ângulo direito de Sílvio Luiz, abrindo o placar. No lance seguinte, Marcinho acertou o travessão do gol de Fernando.

O gol do Coritiba obrigava o São Caetano a atacar, mas não apareciam espaços na bem montada defesa paulista. Mas a qualidade coxa daria a resposta: Adriano ganhou jogada pela esquerda e conseguiu o escanteio. Aos 31, Tcheco cobrou na cabeça de Reginaldo Nascimento, que marcou o segundo alviverde. Depois do gol, finalmente o Azulão se abriu, e aos 43 minutos Fábio Santos chutou forte, e Fernando contou com a ajuda do travessão para salvar o Cori.

O esquema defensivo do time paulista foi desmontado na volta para o segundo tempo. Adhemar e Zé Carlos entraram no São Caetano, aumentando o poder ofensivo. Mas houve equilíbrio entre as equipes, já que as planificações táticas se assemelharam. De resto, o Cori administrou o resultado, que o mantém entre os melhores do campeonato brasileiro.

CAMPEONATO BRASILEIRO
CORITIBA 2X0 SÃO CAETANO

Coritiba
Fernando; Odvan, Edinho Baiano e Reginaldo Nascimento; Willians, Jackson, Adriano, Tcheco e Lima (Souza); Edu Sales e Marcel (Ceará). Técnico: Paulo Bonamigo

São Caetano
Silvio Luís; Marlon, Dininho, Serginho (Zé Carlos) e Thiago; Marco Aurélio, Ramalho, Fábio Santos (Adhemar) e Capixaba; Matheus (Anaílson) e Marcinho. Técnico: Mário Sérgio

Súmula
Local: Couto Pereira
Árbitro: Alício Pena Júnior (FIFA-MG)
Assistentes: Marco Antônio Gomes (MG) e Rodrigo Otávio Baeta (MG)
Gols: Jackson 22 e Reginaldo Nascimento 31 do 1°
Cartões amarelos: Edu Sales, Adriano (CFC); Capixaba, Dininho, Marco Aurélio (SC)

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