Coritiba vence Beltrão e vai à semifinal, contra o Iraty

O Coritiba fez valer o favoritismo e eliminou o Francisco Beltrão, ontem à noite, por 2 a 1, no Pinheirão, garantido o time na semifinal do Campeonato Paranaense. Entretanto, o adversário interiorano vendeu caro a vitória, que definiu o Coxa como adversário do Iraty, quarta-feira, às 15h30, no estádio Emílio Gomes.

Diferente do esperava, o Beltrão não entrou em campo retrancado. Para o técnico Natalino de Souza, que também é supervisor do time, valia a máxima de que ?o ataque é a melhor defesa?. Tanto é verdade que logo aos dois minutos o Beltrão quase saiu na frente. Não fosse o pé milagroso de Miranda na risca, a vida do Coxa teria se complicado.

Não bastasse as subidas ao ataque, o adversário do Alviverde estava bem defensivamente. Marcando em cima – é verdade que às vezes até com excesso de vigor – , o Beltrão deu poucos espaços e as melhores chances do Coritiba acabaram vindo em jogadas de bola parada.

A vida do Cori só começou a melhorar na segunda etapa, graças à expulsão de Gil Baiano no finalzinho do primeiro tempo. Com um homem a mais em campo, o técnico Antônio Lopes não foi tão audacioso quanto se esperava. Ele trocou o volante Márcio Egídio pelo também meia defensivo Pepo, sensivelmente mais dado às subidas ao ataque.

Vitória

Com um jogador a menos, a tendência natural do Beltrão foi recuar para a defesa e a partida passou a ter apenas um ataque, contra uma defesa fortemente armada. Entretanto, de tanto insistir, o Coritiba acabou marcando. Aos 11 minutos, Capixaba fez um lançamento primoroso para Nunes, que chutou com a pontinha da chuteira, abrindo o marcador. O gol deu uma maior tranqüilidade ao Coxa, que passou a tocar mais a bola, melhorando o nível técnico da partida.

Aos 17 minutos, Rafinha provou a evolução coxa e marcou um golaço. Depois de recuperar uma bola praticamente perdida na lateral direita ele avançou até a linha de fundo e chutou sem ângulo, marcando o segundo e o primeiro dele com a camisa profissional alviverde.

Com a vantagem ainda maior no marcador, o Coritiba continuou exercendo o domínio e ouviu até a torcida ensaiar um coro de ?olé?. No entanto, o Beltrão não estava morto. Já nos descontos, Luisinho Cascavel recebeu uma bola após contra-ataque e invadiu a área. Com Pepo na sua cola, ele caiu e o árbitro entendeu como penalidade. Na cobrança, o próprio Luisinho converteu, mas já era tarde demais para buscar o empate.

Lopes pede arbitragem de fora para as finais

Era para o vestiário do Coritiba estar em clima de festa pela classificação. Em vez disso, Antônio Lopes aproveitou para fazer uma polêmica exigência: solicitar árbitros e assistentes de outro estado a partir de agora. ?É muita coincidência que só errem contra o Coritiba. Só para se ter uma idéia, não tivemos sequer um pênalti a nosso favor no campeonato e marcaram seis contra a gente?, disparou o treinador, ressaltando que o de ontem não existiu.

E as reclamações de Lopes não pararam por aí. ?Os assistentes, por sua vez, vivem marcando impedimentos quando nossos jogadores têm condições e não marcando para os adversários quando eles realmente estão impedidos. Alguma coisa está errada?.

O Vice-presidente do clube, André Ribeiro, fez coro com Lopes e afirmou que hoje a diretoria se reúne para decidir se vai mesmo à Federação Paranaense de Futebol para satisfazer o desejo do treinador. ?Ele tem razão de reclamar. Todo o trabalho da competição pode ser colocado em xeque por um erro de arbitragem?.

Contra o Iraty, Márcio Egídio, com 3.º amarelo, estará fora.

CAMPEONATO PARANAENSE
2.ª Fase – Jogo único
Local: Pinheirão
Árbitro: Francisco Carlos Vieira
Assistentes: Aparecido Donizete Santana e Faustino Vicente Lopes
Gols: Nunes aso 11 e rafinha aos 17 minutos do 2º tempo
Cartões amarelos: Márcio Egídio, Marcelo Régis, Jean Carlos, Jéferson, Rubens Júnior e Pepo
Cartão vermelho: Gil Baiano
Público pagante: 5.158
Público total: 5.999
Renda: R$ 36.285,00

Coritiba 2×1 Francisco Beltrão

Coritiba
Fernando; Rafinha, Miranda, Reginaldo Nascimento e Rubens Júnior; Márcio Egídio (Pepo), Capixaba, Marquinhos e Rodrigo Batata (Jackson); Marciano e Nunes (Luís Carlos) Técnico: Antônio Lopes

Francisco Beltrão
Cássio; Jean Alves (Edvaldo), Mateus, João Bahia e Gil Baiano; Gilberto, Jean Carlo, Batista e Jéfferson (Eriberto); Luisinho Cascavel e Marcelo Régis (Bombinha)

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