Coritiba usa marketing para atrair público do Norte

e14a250105.jpg

O Vovô, mascote do Coxa,
vai à cidade Canção.

Uma das iniciativas mais bem-sucedidas da história do Coritiba é o exemplo para a ação de marketing em Maringá planejada pela diretoria. Como a intenção inicial é deixar o time "simpático" aos torcedores locais para depois incentivá-los a ir ao Willie Davids, a Coordenação de Comunicação do clube quer colorir a cidade de verde e branco, da forma que Maceió e João Pessoa ficaram durante a Copa dos Campeões de 2001.

Naquela oportunidade, o departamento de marketing do Coxa apostou em uma fómula ousada: sendo um dos times médios da competição, sem o apelo de Corinthians, Flamengo e São Paulo no Nordeste, o clube angariou simpatizantes ao aproximar o clube das características locais – inclusive colocando uma jangada com o símbolo do Cori na praia de Pajuçara, em Maceió. O plano acabou recebendo o Prêmio Colunistas.

Agora, no interior, o Coritiba quer marcar presença como for possível. O primeiro ato foi a colocação de três carros alviverdes, levando o Vovô, mascote do clube, nas ruas de Maringá. Também foram levados à Cidade Canção brindes para serem distribuídos para torcedores durante os treinos e jogos. O objetivo é aproveitar o vácuo de futebol na cidade, já que o Grêmio Maringá está fora do campeonato paranaense, para fazer com que o público compareça ao Willie Davids – e, por conseqüência, o Coritiba ganhe torcedores no Norte do Estado.

Assim como no Nordeste, escolas públicas serão visitadas para a entrega de brindes, e algumas serão escolhidas para visitar os locais de treino do Coxa. E como o time irá treinar (e jogar) fora de Maringá em algumas oportunidades, haverá promoções nas cidades vizinhas. Por isso a escolha da Cidade Canção. Além de ser um local estratégico para os jogos – a cidade é próxima de Campo Mourão, Engenheiro Beltrão, Bandeirantes e Apucarana (além de Cianorte), onde o Cori terá que jogar, é a chance que a diretoria esperava para tentar ganhar adeptos no interior.

Parceria

Para tocar o projeto, o Coritiba fez acordos com Unimed, Sicredi e Cocamar (as mesmas empresas que bancaram a reforma do Willie Davids). Os mascotes que entrarão em campo com o time serão crianças atendidas por projetos sociais dessas empresas – além disso, acontecerão ações de marketing conjuntas e distribuição de brindes.

Lopes se irrita e ameaça fazer mudanças

O técnico Antônio Lopes dificilmente perde a paciência publicamente com os jogadores do Coritiba. O Delegado sempre preferiu deixar os atletas longe das críticas, mesmo que isto significasse uma pressão maior sobre si. Por isso, foram surpreendentes as reclamações vindas dele após o empate com o Cianorte. E o objetivo dele para o jogo de amanhã, às 20h30, contra a Adap, no Willie Davids, é simples: fazer com que os jogadores cumpram o que ele pedir.

A ordem do Delegado não era de difícil entendimento. "Eu pedi aos jogadores que evitassem carregar a bola nas jogadas. O gramado estava em condições horríveis, não adiantava ficar correndo e tentando dominar a bola. Fiz essa recomendação aos atletas, mas eles não cumpriram", conta Lopes, que depois foi ?desacatado? outra vez. "Quando coloquei o Marciano, era para jogar com lançamentos longos. E ninguém fez isso", diz, irritado.

E o aviso não foi apenas na hora do jogo. Antes mesmo de viajar para o Norte do Estado, Lopes alertara os jogadores para os problemas dos jogos no interior. "O que tivemos no Pinheirão foi apenas um aperitivo. As partidas serão complicadas, os gramados não estarão em boas condições, e o time precisa estar preparado para enfrentar estas situações", reitera.

Mudanças

Marciano pode ser uma das novidades de equipe. Como o Willie Davids tem maiores dimensões, Lopes estuda a possibilidade de colocar um jogador de velocidade ao lado de Luís Carlos ou Negreiros. No meio, há a possibilidade do retorno de Reginaldo Nascimento, desde que ele já reúna condições totais de jogo. Se isto não acontecer, Márcio Egídio permanece no time. O Delegado confirma hoje o time para enfrentar a Adap. Ontem, os jogadores que não enfrentaram o Cianorte realizaram um treino técnico no estádio municipal de Sarandi, nas proximidades de Maringá. Enquanto isso, os titulares descansavam no hotel.

Problemas

Apesar do Willie Davids ser a "casa" do Cori a partir de agora, todos sabem que o ambiente não será totalmente favorável, amanhã. Tanto que o estádio ainda não foi liberado para o treino de reconhecimento, que está marcado para as 16h – entretanto, às 18h acontecerá a "entrega" do estádio para o Coritiba, em uma solenidade comandada pelo prefeito Sílvio Barros.

Diretoria nega, mas Caio pode ser contratado

Adriano já vestiu a camisa do Sevilla, Roberto Brum segue hoje para Portugal. Com o dinheiro das negociações, o Coritiba pretende acelerar a remodelação do Couto Pereira e aumentar o CT da Graciosa. Mas a diretoria sabe que o elenco precisa de reforços, e os planos convergem para a contratação de dois ou três jogadores – se possível, até o final da semana, para que haja tempo hábil para o registro deles na CBF antes da estréia na Copa do Brasil, próxima quarta, contra o CFZ de Brasília.

O gerente de futebol Oscar Yamato confirmou, em entrevista à rádio Banda B, que o Cori vai contratar dois jogadores. "Temos que trazer um lateral-esquerdo e um meio-campista para fechar o grupo", afirmou. O presidente Giovani Gionédis, entretanto, não esconde que tem interesse em acertar com mais um atacante – até porque o técnico Antônio Lopes espera contar com pelo menos mais um jogador para o setor, se possível experimentado.

Para o meio-campo, o nome é Caio, ex-Paraná, apesar das negativas da diretoria. Amigos do jogador, que está em Curitiba, garantem que ele estaria até contratado, restando apenas acertos entre o Coritiba e o clube coreano que ele defendeu ano passado. Como ele seria uma opção "caseira", ideal para quem quer acertar reforços até o final da semana, não seria surpresa se o ex-tricolor pintasse no Alto da Glória – ou no Willie Davids.

Tranqüilo

Apesar do susto, o lateral-direito Jucemar está liberado para enfrentar a Adap. Ele queimou a perna com a cal que demarcava o gramado do estádio Albino Turbay, em Cianorte, e terá que treinar e jogar com proteção especial.

Voltar ao topo