Coritiba se supera e vence o Vasco no Rio

Vai que o negócio é jogar sob pressão. Com todo o tipo de ameaça possível a um time de futebol (até mesmo a reedição dos lamentáveis fatos do ano passado), o Coritiba conseguiu suplantar os problemas e venceu o Vasco com categoria por 3×2, ontem, em pleno São Januário. O jogo reafirmou vários jogadores – principalmente Alemão e Cléber, questionados nos últimos jogos, e que foram os artífices da segunda vitória alviverde longe de casa. O resultado deixa o Coxa mais longe da zona de rebaixamento.

Quando o árbitro Cléber Wellington Abade apitou o início do jogo, parecia que o destino alviverde seria o mesmo da partida de sábado, contra o Juventude. Perdido na marcação, e sofrendo para chegar ao ataque, o time era presa fácil do Vasco, e ainda mais de Petkovic, que estava jogando sem marcação. O sérvio jogava com facilidade, e desfilava sua categoria em passes, dribles (chegou a colocar uma bola entre as pernas de Luís Carlos Capixaba) e arremates. Ele quase fez um gol olímpico.

Mas no momento que a marcação foi acertada e que o Coritiba percebeu que poderia chegar ao gol do Vasco, tudo mudou. Aí o camisa 10 que mandou no jogo foi Cléber. Postando-se mais à esquerda do ataque alviverde, o armador foi o jogador que todos esperam que ele seja – agressivo, insinuante, técnico e até mesmo artilheiro. Foi dele o primeiro gol, tabelando com Alemão e desviando do caminho de Márcio.

Por sinal, Alemão pode ser considerado o personagem da partida. Ninguém – nem mesmo Petkovic – tinha tanta torcida individual quanto ele. No gol de Cléber, o atacante encaminhou a comemoração para a ‘própria’ galera. Eram os familiares e amigos de Nova Iguaçu, que saíram da Baixada Fluminense para apoiar o filho ilustre. Imagine como eles ficaram quando Alemão marcou o segundo alviverde. Ele saiu como louco para subir o alambrado e festejar com sua turma.

Só que o resultado não viria tão facilmente. Ricardo marcou o terceiro gol, mas Petkovic descontou e o Vasco pressionou. Aí a força defensiva e a incrível defesa de Fernando garantiram o resultado. Coisas do futebol: no mesmo lugar onde sofreu as piores agressões no ano passado, o Coxa – e o técnico Antônio Lopes – encontra a paz.